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Votos sobre a questão política e social na Venezuela causam debate no Parlamento

Foram aprovados, ontem no Parlamento, votos de pesar e de condenação pelas mortes na Venezuela e em apelo a eleições democráticas no país. BE, PCP e os Verdes votaram contra, o que gerou críticas por parte do PSD e CDS. O voto do Partido Comunista, a condenar a “operação golpista” contra a Venezuela, foi chumbado.

O PSD e o CDS apresentaram um voto de pesar e de condenação pelas mortes de manifestantes na Venezuela. “A Assembleia da República exprime o seu pesar pela morte de manifestantes na Venezuela e apela a uma resolução pacífica que salvaguarde a segurança da grande comunidade portuguesa e lusodescendente na Venezuela, que respeite e reconheça o mandato democrático da Assembleia Nacional e do seu Presidente, Juan Guaidó, e que reponha a normalidade democrática através da realização de eleições livres na Venezuela”, dizia o texto que foi proposto.

O voto conjunto do PSD e CDS foi aprovado após o PS e PAN votarem a favor. Os Verdes, o PCP e o BE votaram contra. Os partidos de direita criticaram fortemente este voto contra, o que levou a uma acesa discussão entre os vários partidos. O Presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, chegou a interromper os trabalhos e pedir aos deputados que se acalmassem.

O voto apresentado pelo PS condenava a violência exercida sobre manifestantes pacíficos, que fez dezenas de vítimas, e pedia ao Parlamento solidariedade para com a comunidade portuguesa. O PS afirmou também ser “fundamental que a resolução do conflito político se faça pela via democrática, num processo pacífico e sem ingerências”. O voto foi apoiado pelo PSD, CDS e PAN. Bloco de Esquerda absteve-se de votar e PCP e PEV votaram contra.

O Bloco de Esquerda absteve-se também de votar o voto do PCP. O Partido Comunista apresentou um voto onde condenava a “operação golpista” contra o governo venezuelano e a “campanha de agressão” ao país. Os Verdes foram o único partido a apoiar este voto. A direita aplaudiu a rejeição da proposta.

                                                                                        Revisto por: Beatriz Pardal