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Não há portugueses entre as vítimas mortais em Moçambique

O governo de Maputo afirma que cerca de 15 mil pessoas ainda se encontram em situação de perigo depois da passagem do ciclone Idai. A juntar a isto, o número de vítimas mortais subiu para 294.

Portugal já enviou ajuda, que se irá encarregar de ajudar nas operações de busca e de salvamento. Foram transportados por dois aviões C-130 e espera-se que cheguem esta sexta-feira à cidade da Beira.

No primeiro avião, a equipa portuguesa é constituída por 25 fuzileiros, 10 elementos do Exército, 3 da Força Aérea e 2 da GNR.

No segundo avião, a equipa já é constituída pela Autoridade Nacional de Proteção Civil, elementos da Força Especial de Bombeiros, da GNR, do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e da EDP.

Os portugueses residentes na cidade da Beira, no centro de Moçambique, manifestaram, na quinta-feira, uma desilusão total para com o consulado português, queixando-se da falta de apoio durante a passagem do ciclone Idai.

Em nenhum momento [o Consulado Português da Beira] esteve à altura de qualquer das nossas necessidades mínimas e imediatas e, por isso, a nossa desilusão é completa“, referiu o empresário Joaquim Vaz numa reunião com o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Luís Carneiro.

Numa carta entregue a José Luís Carneiro pede-se que Portugal envie uma força especial para garantir a proteção dos portugueses na Beira, pois a cidade está sem electricidade, serviços básicos e, com o desespero, as pilhagens e a violência já se generalizaram.

Estamos completamente desiludidos e por nossa conta“, acrescenta ainda Joaquim Vaz.

O Idai, com fortes chuvas e ventos, atingiu a cidade da Beira na noite de 14 de março, deixando os cerca de 500 mil residentes da cidade sem energia, meios de comunicação, ou mesmo locais decentes onde possam descansar.

18 portugueses ainda estão incontactáveis, mas, até agora, nenhum se encontra entre as vítimas mortais.

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Fonte: Lusa. Fotografia: José Sena Goulão

Fotografia “thumbnail”: Fonte: Reuters. Fotografia de: Siphiwe Sibeko

Artigo revisto por: Ana Roquete