Telmo Tinta: há magia na ESCS
Está no 2º ano do curso de Jornalismo na ESCS e tem uma particularidade interessante: é mágico! Fica a conhecer o Telmo Tinta, um rapaz muito simpático, natural de Rio Maior.
O Telmo escolheu o curso de jornalismo muito por causa da sua paixão pela magia. Queria algo relacionado com comunicação, uma vez que esta competência é essencial nos espetáculos que faz. Como conhecia pessoas que estudavam na ESCS, achou que esta seria uma boa opção.
Para ele, foi relativamente fácil deixar Rio Maior e vir estudar para longe de casa, até porque volta a Assentiz, a freguesia onde vive, todos os fins de semana. Contou-me que está habituado a fazer coisas sozinho, pelo que a adaptação a Lisboa não foi um problema. Também porque no primeiro semestre tinha um horário muito folgado. Como tinha a quinta e a sexta livres, passava mais tempo em casa do que na capital. Entre Lisboa e Rio Maior, confessa que prefere Rio Maior “mil vezes”.
Quando lhe perguntei se tem algum sítio preferido em Lisboa, o Telmo respondeu-me, de imediato, “o Estádio da Luz”. Escolheu a faculdade certa, portanto. Também gosta bastante do restaurante Adega das Gravatas, em Carnide; pelo que me contou, é um sítio onde se come muito bem.
Quanto à sua paixão por magia, o Telmo confessou-me que sempre adorou ver espetáculos de magia. Desde pequeno que ficava acordado a ver programas como o Mágico da Máscara, que agora abomina, por achar que revela demasiado do que está por detrás de cada truque (ou efeitos, como lhe chamam). Sim, o Telmo ensinou-me que eles (mágicos) não dizem truque de magia, mas sim efeito. No entanto, revelou que, nessa altura, nunca se imaginou a dar espetáculos para um público, apenas gostava de os ver.
Estreou-se em palco com 13 ou 14 anos, porque tinha um amigo que fazia espetáculos de magia. Começaram a fazê-los juntos no 8º ano e até participaram no RM Talentos, que é, como o nome indica, um concurso de talentos em Rio Maior. No início, sentia-se muito nervoso por estar a “atuar” em frente a um público. Contou-me que ainda hoje sente esse nervosismo, uma vez que, num espetáculo de magia, tudo tem de sair bem à primeira para ter efeito nas pessoas.
A sua primeira atuação foi em abril de 2014, na Associação da sua terra, Assentiz, o que foi bom, porque o público era constituído por pessoas próximas.
Entre os espetáculos que mais gostou de fazer está a participação no concurso RM Talentos, que tem lugar no cineteatro de Rio Maior (espaço de que o Telmo gosta bastante). Participou duas vezes: primeiro com o amigo e depois sozinho, tendo ganho o concurso na segunda prestação. O segundo espetáculo de que mais gostou foi em Moura da Serra. Pelo que me contou, é uma terra pequena, que durante o ano só tem cerca de 100 habitantes. Mas nas festas de verão há muitos visitantes. No dia em que atuou, havia mais de 250 pessoas na sala. Além destes dois espetáculos, a atuação na Gala PalhaçArte, no ano passado, está entre as suas preferidas. Trata-se de um encontro de palhaços e artes do circo de Rio Maior. (Sim, o Telmo adora palhaços).
Quanto à preparação antes de subir ao palco, revelou-me que tem algumas “manias”, nomeadamente em relação à roupa com que atua: só usa camisas com botões de punho e a cor do botão tem de condizer com a cor da gravata e do lenço de bolso. Por exemplo, se o botão é vermelho, a gravata e o lenço também têm de ser vermelhos.
O momento mais embaraçoso que teve num espetáculo foi quando caiu do palco, ou melhor falhou o palco, e aterrou “lá em baixo”, com o público a ver.
No que toca aos truques de magia que faz (ou efeitos, para ser mais correta), o seu preferido é uma previsão de uma viagem, que é realizada em conjunto com o público – foi este o efeito que o fez ganhar o RM Talentos. É feito com um balão, que vai passando pelo público, e quem o apanhar tem de responder a uma categoria (sítio da viagem, meio de transporte, duração, companhia e o preço do jantar que farão durante a viagem) e voltar a lançar o balão. A última pessoa traz o balão ao palco e rebenta-o. Lá dentro está um papel a contar a viagem, em estilo de diário, e as diferentes categorias têm de estar de acordo com as respostas do público. Trata-se de uma Master Prediction. A previsão com que ganhou o RM Talentos era de uma viagem a Paris de trotineta!
Dos efeitos que não faz, gosta especialmente do Dream Act do Shin Lim, mágico que ganhou o America’s Got Talent há relativamente pouco tempo, e da previsão do Leandro Morgado com um copo de M&M’s.
Segundo o Telmo, conciliar a magia com a faculdade não é tão fácil como pensou, principalmente no que diz respeito à publicidade. Não consegue estar tão ativo a gerir essa parte. Em termos de espetáculos não é tão mau, porque costumam ser ao fim de semana.
Quanto à faculdade, está a gostar de estudar na ESCS. Em relação à praxe, na qual participa, admite que há coisas menos boas, “há sempre quem leve tudo muito aos extremos”; mas, no geral, considera que a praxe ESCSiana é ótima, porque o objetivo é mesmo integrar os alunos, transmitindo-lhes valores importantes e não humilhá-los.
No que diz respeito a projetos futuros, quer muito lançar um espetáculo a solo completo para teatros, algo que gostava de ver realizado em 2019 ou 2020, o mais tardar. Outro grande projeto que tem é escrever um espetáculo que seja uma fusão entre Magia e Stand Up Comedy, mais uma das suas grandes paixões.
Quando lhe fiz a pergunta: “entre a magia e o teu curso, o que escolhias?”, ele respondeu-me “magia, mil vezes”. O seu objetivo principal é fazer magia e não depender do curso. Se um dia tivesse de trabalhar em jornalismo iria gostar na mesma, mas a magia é a primeira escolha. Escolheria magia a qualquer outra coisa.
A fonte de ambas é da página de Facebook do Telmo (@magicotelmotinta)
Artigo revisto por Vitória Monteiro