Opinião

Importância do seio familiar

Se existe algo que pouco muda em cada cultura é a importância do seio familiar. É um facto que a família é a base fundamental para qualquer ser humano. Este pilar é essencial no desenvolvimento de cada um de nós e pode determinar o nosso futuro (profissional e pessoal). Assim, hoje vou abordar o papel dos progenitores na sexualidade dos filhos e como a sua aceitação pode determinar a felicidade dos mesmos. Este artigo serve como apelo a todos os pais que não aceitam os seus filhos tal como são.

Muitas pessoas defendem que cada indivíduo escolhe a sua sexualidade de acordo com a sua cultura e a aprendizagem durante os seus anos de vida. No entanto, discordo completamente. A sexualidade nasce em cada um de nós, mas muitos pais preferem seguir o caminho da homofobia com os filhos e acreditar nesta mentira que tem vindo cada vez mais a sufocar a orientação dos mesmos. Por exemplo, quando um pai ou uma mãe deixam de aceitar o seu filho (por consequência da sua sexualidade), o mesmo pode entrar em depressão, pode desistir de estudar e ainda entrar por maus caminhos. Mas o mais importante é o sentimento de falta de amor que se gera e impede a pessoa de ser feliz consigo mesma e com um futuro parceiro/a. Todo o futuro fica condicionado a palavras como: “não és normal”, “não és mais meu filho”, etc.

Apesar de existirem pais que aceitam a sexualidade dos seus entes queridos, existe uma dificuldade em entender o porquê de uma pessoa gostar de homens ou mulheres (ou ambos) e isso leva a piadas (muitas vezes inocentes), mas que podem magoar. Também a família, por falta de informação, associa a pessoa a doenças/vírus como: HIV, hepatites, etc. Em primeiro lugar, é preciso tratar o filho como sempre se tratou (sem piadas, sem perguntas estranhas, sem descargas de consciência). Já no segundo caso, as doenças sexualmente transmissíveis podem ser transmitidas não só por homens, mas também por mulheres. Estas doenças não acontecem só nos casais homossexuais. Esta ideia foi espalhada pelas alas conservadoras da sociedade, as mesmas que muitas vezes não conseguem usar máscara com um vírus mortal a afetar o mundo. Hoje em dia pessoas que sofrem destas doenças vivem uma vida normal e precisam muito do apoio familiar.

Por fim, espero que este artigo mostre que ser homossexual não é doença, não é um poço de doenças, não é ser maluco. É ser normal! E faço um apelo a todos os pais que não conseguem aceitar os filhos: estudem os assuntos e acima de tudo apoiem. A família é a base de tudo e uma boa base é o caminho para o sucesso na vida.

Fonte da capa: Tyler Nix (Unsplash)

Artigo revisto por João P. Mendes

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