10 anos desde 2013: 4 álbuns inesquecíveis
Ainda te lembras do que aconteceu no ano de 2013? 2023 está à porta e é uma boa desculpa para recordares alguns momentos marcantes que farão dez anos muito em breve:
Se no mundo da tecnologia a Apple lançava o icónico iPhone 5S, no mundo dos videojogos a Sony lançava a Playstation 4, numa competição feroz contra a Xbox One, da Microsoft. E, como não pode haver consolas sem videojogos, o comeback do ano era protagonizado pelo lançamento do Grand Theft Auto V (GTA V). Filmes como A Ressaca – Parte III fechavam um capítulo da história do cinema, enquanto Velocidade Furiosa 6 e Os Jogos da Fome: Em Chamas abriam caminho para novas aventuras e esgotavam bilheteiras em todo o mundo. Um fenómeno chamado Harlem Shake invadia o Youtube e o Facebook, tornava-se viral em toda a Internet, e chamava a atenção de todas as faixas etárias.
O mundo da música não foi exceção e, para este artigo, decidi escolher quatro álbuns que marcaram o ano de 2013 e que, rapidamente, passaram a integrar a minha lista de álbuns favoritos.
Arctic Monkeys – AM
Indiscutivelmente, este álbum tinha de ser o primeiro a ser mencionado. Foi provavelmente o meu álbum mais ouvido de 2013 e dez anos depois continua a ser um dos meus preferidos dos Arctic Monkeys, ou não fosse eu uma fã dedicada. Quando este álbum saiu foi posto em causa pelos fãs da banda, por se afastar do estilo adotado em álbuns anteriores como em Whatever People Say I Am, That’s What I’m Not (2006) ou Suck It and See (2011), que por si só são álbuns bastante diferentes um do outro. A verdade é que se tornou uma das imagens de marca dos Arctic Monkeys, e toda a gente passou a conhecer músicas como Do I Wanna Know?, R U Mine? ou Arabella, que ainda hoje fazem sucesso em plataformas como o TikTok. Nesse mesmo ano e um mês antes da data de estreia do álbum, a banda britânica de Alex Turner era cabeça de cartaz no festival Super Bock Super Rock e abria o seu concerto com o icónico e arrepiante instrumental da música Do I Wanna Know?, que tinha sido lançada pouco tempo antes da vinda a Portugal. Tinha eu 14 anos quando vi pela primeira vez aquela que viria a ser uma das minhas bandas favoritas. Nesse mesmo ano, nesse mesmo festival.
Tyler, The Creator – Wolf
Podia escrever todo um artigo sobre o porquê de o Tyler, The Creator ser um dos melhores e mais versáteis artistas de todos os tempos, mas isso fica para um próximo artigo. Em 2013, o ex-elemento do grupo musical OFWGKTA lançava o seu terceiro álbum de estúdio com o nome de Wolf e no qual se fazia acompanhar por nomes de peso como Pharrell Williams, Frank Ocean, Erykah Badu ou Nas. Para além de ser conhecido pela sua excentricidade e genialidade, Tyler é também conhecido por criar alter-egos e personas que representam diferentes fases da sua vida e da sua personalidade. Neste caso, Wolf seria o alter-ego que é acompanhado ao longo do álbum pelas tais personas que são reveladas em músicas como Answer ou IFHY e que expõem um lado mais frágil do rapper, assombrado pelos seus próprios desgostos e traumas do passado. Este álbum é como uma viagem que se faz através de uma mistura de instrumentais melancólicos e energéticos e que descrevem o artista como um todo.
The Neighbourhood – I Love You
Em 2013 os The Neighbourhood estreavam-se com o seu primeiro álbum de estúdio, I Love You, com um estilo alternativo mais virado para o Indie Rock e Pop Rock. A banda americana liderada pelo vocalista Jesse Rutherford parecia prever o seu futuro com o título do álbum. É com este primeiro álbum que se define a essência da própria banda e a imagem de marca que os tem acompanhado até aos dias de hoje. Um lado mais negro e melancólico inspirado em temas como relações amorosas ou saúde mental é também refletido na paleta de cores que ilustra a capa do álbum e os videoclipes das músicas – priviligiando o branco, o preto e o cinzento. Das 11 músicas que compõem este álbum, destaco nomes como Afraid, W.D.Y.W.F.M?, Flawless e obviamente Sweater Weather, uma das músicas que mais se tornou viral no TikTok nos últimos meses e que, mais uma vez, foi resgatada dos confins do passado pela Gen-Z.
Fall Out Boy – Save Rock and Roll
Se há banda que sabe exatamente como “Salvar o Rock and Roll” são os Fall Out Boy. A banda formou-se no início dos anos 2000, numa altura em que surgiam também outros grupos como Paramore e My Chemical Romance, que se distinguiam pelo seu lado musical mais centrado no Emo e no Punk-Rock, tal como os FOB. Sucessos como Dance, Dance ou Thnks fr th Mmrs eram deixados para trás e em abril de 2013 era lançado mais um álbum icónico para a história da música e do Rock and Roll. Nomes como Big Sean, Courtney Love ou o enormíssimo Elton John são alguns dos artistas convidados pela banda para participar naquele que é um álbum “that has no skips”. Dito isto, estas são algumas das músicas que integram o meu Top 3 – Rat-A-Tat, Where Did The Party Go e The Mighty Fall.
O ano de 2013 deixou a sua marca no mundo da música, e dez anos depois continuamos a recordá-lo quando ouvimos estes e muitos outros álbuns memoráveis que ficaram por mencionar. Se tens curiosidade em saber quais são, espreita a playlist que criei no Spotify a propósito deste artigo:
Fonte da capa: Mariana Jerónimo
Artigo Revisto por Beatriz Merêncio
AUTORIA
A Mariana Jerónimo tem 24 anos é aluna do Mestrado em Jornalismo e tem o sonho de produzir e apresentar um programa dedicado à música numa rádio de renome do nosso país. Enquanto isso não acontece, é através da secção de Música que quer dar a conhecer aos leitores o que de melhor há na vida: a Música. Ao mesmo tempo na secção de Desporto escreve sobre outra das suas paixões, a Fórmula 1. A Mariana costuma dizer que as suas maiores qualidades são o seu sentido de humor e o gosto musical: desde o Hip-Hop e R&B, ao Indie, passando pelos Clássicos do Rock e sem esquecer o MPB, ela é o Spotify em pessoa.