Os Mundiais de Cristiano Ronaldo
Apesar de não ser oficial, o Mundial de 2022 poderá ter sido o último de Cristiano Ronaldo dos Santos Aveiro, jogador que para muitos adeptos é o melhor de todos os tempos. Com 37 anos e atualmente no Al-Nassr, da Arábia Saudita, CR7 jogou o seu quinto mundial a representar Portugal.
Primeiro Mundial:
Foi no Mundial de 2006, disputado na Alemanha, que Cristiano Ronaldo se estreou a representar Portugal num Campeonato do Mundo. Ainda com o número 17 na parte de trás da camisola, o internacional português, que jogava no Manchester United, foi aposta de Luiz Felipe Scolari no jogo frente a Angola, no qual levou o seu primeiro cartão amarelo em Mundiais.
Com 21 anos, e ainda na fase de grupos, CR7 marcou o seu primeiro golo frente ao Irão. Asssim, deu a vitória a Portugal por 2-0 tornando-o no internacional português mais jovem, até à época, a marcar por Portugal.
O país lusitano, no primeiro Mundial de Cristiano, conseguiu ir até às meias-finais, nas quais perdeu contra a França, após um penálti batido por Zinedine Zidane.
Segundo Mundial:
Durante os meses de junho e julho de 2010, o segundo Mundial de Cristiano Ronaldo decorreu na África do Sul. Desta vez, já com o número 7 na sua camisola e com alguns troféus importantes ganhos, nomeadamente uma Liga dos Campeões e uma Bola de Ouro, Ronaldo começou a usar a braçadeira de capitão da seleção nacional, depois da saída de Luís Figo.
Neste Mundial, Cristiano fez uma assistência e marcou o seu segundo e único golo na competição, no jogo frente à Coreia do Sul, que terminou em goleada, com o resultado de 7-0.
Foi frente ao nosso país vizinho, Espanha, que Portugal deixou escapar a oportunidade de ser campeão mundial e nem os livres fortíssimos de Ronaldo permitiram a reviravolta. Portugal ficou, portanto, pelos oitavos-de-final da competição.
Terceiro Mundial:
Apesar de não ter saído vencedor em nenhuma das competições anteriores, foi em 2014, no Mundial do Brasil, que Portugal obteve a sua pior qualificação desde que Ronaldo se estreou nas Competições Mundiais.
Com uma lesão contraída no que à época era o seu clube, o Real Madrid, Cristiano não chegou ao Mundial na sua melhor forma física, mas não faltou a vontade de ganhar pela qual é conhecido.
No jogo contra o Gana, o capitão marcou o golo que garantiu a Portugal a vitória por 2-1, mas não foi suficiente para conseguir o apuramento. A seleção portuguesa, estando em terceiro lugar, ficou-se apenas pela fase de grupos da competição.
Quarto Mundial:
Após uma vitória histórica frente à França no Euro de 2016 que valeu a Portugal o título de campeão europeu, a equipa portuguesa rumou, dois anos depois, até à Rússia, com o objetivo de se consagrar campeã mundial.
Logo no primeiro jogo da competição, Cristiano Ronaldo brilhou e fez história. No jogo frente à Espanha, o português fez o seu primeiro hat-trick num Mundial. A perder por 3-2, foi aos 88 minutos que o ídolo de muitos conseguiu, com a cobrança de um livre, o primeiro ponto para Portugal na competição. Ronaldo tornou-se assim o jogador mais velho a fazer um hat-trick numa competição Mundial.
Apesar de começar com uma boa exibição, a equipa portuguesa foi eliminada pela seleção do Uruguai com dois golos de Cavani. Foi nos oitavos-de-final que o sonho de Cristiano Ronaldo não passou, mais uma vez, de um grande sonho.
Quinto Mundial:
Após uma entrevista dada por Cristiano Ronaldo ao jornalista inglês Piers Morgan, o Mundial de 2022 foi talvez o mais polémico e o que gerou mais expectativas à volta do jogador português. Seria o Mundial do Catar o último de CR7? Conseguiria finalmente ser campeão mundial?
A última questão, com o término da competição, já obteve resposta. Com a eliminação de Portugal após sair derrotado frente a Marrocos nos quartos de final, a equipa das quinas não conseguiu fazer o feito histórico.
Desde começar jogos como suplente a ser substituído a meio dos jogos e a marcar apenas um golo na competição, visto ser o primeiro jogador masculino a marcar em cinco mundiais diferentes, este Mundial para o jogador de 37 anos foi certamente cheio de emoções.
Fonte da capa: Medio Tiempo
Artigo revisto por Inês Gonçalves
AUTORIA
O seu nome é Beatriz, mas sem serem os seus pais e os professores, toda a gente lhe chama de Bia. É aluna do 3.º ano de Jornalismo e foi no secundário que tomou a decisão de juntar duas paixões: a escrita e o desporto. Começou como redatora, depois confiaram-lhe o papel de editora de desporto e no seu ano de finalista abraçou a aventura de ser Diretora-Geral da ESCS Magazine.