Recordar uma das maiores calamidades da História – Holocausto
O Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto foi implementado através da Resolução 60/7 da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) no dia 1 de novembro de 2005. Este feito tem como objetivo o não esquecimento do genocídio em massa de mais de seis milhões de judeus pelos Nazis, durante a II Guerra Mundial.
No dia 27 de janeiro de 2023 vão ser celebrados os 78 anos do fim de uma das maiores tragédias de todos os tempos.
“Lembrar para Jamais Esquecer”
“Este constitui um dos maiores crimes contra a Humanidade de que há memória”.
Eurocid
O Holocausto foi a perseguição sistemática e o genocídio em massa de mais de seis de milhões de judeus, o que correspondia a ⅔ da população judaica europeia, (e outras ditas “ameaças à sociedade”, do ponto de vista do Partido Nazi). Pode-se considerar o intervalo de tempo compreendido entre a tomada de posse do Partido Nazi, em 1933, e a derrota da Alemanha por parte dos países aliados, no fim da II Guerra Mundial, em maio de 1945.
O antissemitismo não levou à erradicação da comunidade judaica logo na tomada de poder de Adolf Hitler, tornando assim a exclusão social gradual: começou pela introdução de leis discriminatórias e, com o passar do tempo, a perseguição foi-se tornando cada vez mais radical. Essas medidas partiram de coisas mais “leves” tais como a proibição da ida a cinemas, passando para a criação de bairros exclusivos para judeus e, por fim, a “Solução Final”, o assassinato em massa daqueles que o regime considerava “impuros”.
A “Solução Final da Questão Judaica”, mais conhecida por apenas “Solução Final”, foi o auge do processo de perseguição aos Judeus: esta consistia no genocídio da comunidade judaica. Esta última fase decorreu no intervalo de tempo entre 1941 e 1945.
O Holocausto consistia na “limpeza étnica” que levava à supremacia da raça ariana: usava-se essa expressão para distinguir quem fazia parte da sociedade alemã e quem não fazia. Apesar de apenas, na maioria das vezes, se falar do extermínio dos judeus, o holocausto também ceifou a vida a ciganos, testemunhas de Jeová, negros, deficientes físicos e mentais e homossexuais.
Todos os anos, a ONU faz questão de assinalar o dia em memória das Vítimas do Holocausto para que, assim, não se esqueça uma das maiores calamidades que avassalou a Humanidade.
“Recordar os crimes do passado pode ajudar a impedi-los no futuro” (ONU).
Arbeit Macht Frei
Auschwitz foi criada em 1940 pelos alemães nos subúrbios de Oswiecim, uma cidade polaca anexada ao Terceiro Reich pelos nazis. O campo de concentração de Auschwitz estava dividido em duas partes: o primeiro, e mais antigo, chamado “campo principal” e, mais tarde, conhecido por “Auschwitz I”, que abrigava cerca de 15 mil prisioneiros, chegando por vezes a 20 mil pessoas; e a segunda parte, a maior parte do complexo de Auschwitz, o campo de Birkenau, que, em 1944, suportou mais de 90 mil prisioneiros. Auschwitz tinha também mais alguns subcampos, dando destaque a Monowitz, que teve o papel de “Auschwitz III”.
Auschwitz, pelo seu papel enquanto campo de extermínio e de trabalho forçado, tornou-se o símbolo do genocídio em massa compreendido no período de 1933 a 1945; morreram mais de um milhão de pessoas em Auschwitz.
Enquanto campo de trabalho forçado, é irónico encontrar uma frase como “Arbeit Macht Frei” – que significa “o trabalho liberta”, em alemão – num dos arcos dos portões do campo de concentração. Esta frase constituía o mote que levava a que alguns ainda tivessem esperança de poder escapar.
Os prisioneiros eram então submetidos, como anteriormente referido, a trabalhos de carga elevada, sem quaisquer condições mínimas de dignidade humana.
Quem não morria de desnutrição ou exaustão, poderia então padecer pela exposição a experiências médicas de caráter duvidoso, por fuzilamento ou por morte nas tão famosas câmaras de gás. As câmaras de gás, depois da libertação do campo, foram demolidas.
Por quê dia 27?
Dia 27 de janeiro de 1945 foi o dia em que as tropas soviéticas entraram em Auschwitz e resgataram mais de seis mil pessoas. A libertação do maior campo de extermínio foi, então, uma data memorável na história do Holocausto e da Segunda Guerra Mundial.
A Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas decidiu então oficializar o Dia em Memória das Vítimas do Holocausto, a 1 de novembro de 2005; a data escolhida para assinalar o “não esquecer” das maiores catástrofes da História foi, assim, o dia em que Auschwitz deixou de estar sob controlo alemão.
Um pedaço da história
Hoje em dia, o campo de concentração de Auschwitz-Birkenau encontra-se aberto ao público como um museu.
Os visitantes podem andar pelo campo, visitar os blocos onde os prisioneiros dormiam, ver crematórios e pertences daqueles que outrora padeceram lá.
O museu do Holocausto é certamente um ponto de interesse para aqueles que aspiram saber um pouco mais e sentir o peso da história de um dos maiores campos de concentração da época da Alemanha Nazi.
Fonte da capa: estadão
Artigo revisto por Carolina Rodrigues
AUTORIA
Sou a Inês, tenho 18 anos e sou aluna da licenciatura de jornalismo. Sou escuteira, a irmã mais velha de três irmãos e adoro fazer piadas secas.
Entrei para a ESCS Magazine por dois motivos: para me ajudar a melhorar a minha escrita, e preparar-me melhor ao nível da escrita jornalística; e pelo facto de adorar escrever. Escrevo sobre tudo e mais alguma coisa, mas detesto escrever sobre mim. Sou apaixonada por ler e escrever sobre coisas bizarras e/ou de ficção.
Ganhei o meu gosto por ver filmes com o meu pai, que todos os domingos à tarde fazia questão de escolher um para vermos juntos, e agora estes fazem parte da minha vida como uma forma de conforto.