Desporto

O leão volta a rugir ao som de Gyökeres

O Sporting CP passou a passagem de ano em primeiro lugar no campeonato, após garanti-lo na vitória sofrida por 1-2 frente ao Portimonense, em Portimão. Além disso, está ainda inserido em todas as provas em que participou. Na Taça da Liga garantiu a presença na final four, na Taça de Portugal está nos oitavos e passou à fase a eliminar na Liga Europa.

Fonte: CNN Portugal

A equipa leonina atacou a presente época com três contratações: Gyökeres, que tem sido uma agradável surpresa, Hjulmand e Fresneda. Os leões tinham como responsabilidade, após uma época menos conseguida como a passada, dar uma resposta na atual temporada, e assim têm feito. Até ao momento, Gyökeres e Hjulmand têm tido um enorme impacto na equipa. Fresneda ainda não teve tantas oportunidades, mas veio como aposta para o futuro.

No campeonato, só Benfica, Braga e Vitória SC conseguiram travar a equipa comandada por Rúben Amorim. Num campeonato onde Benfica e FC Porto têm estado aquém das expectativas, o Sporting tem-se mantido coeso, apesar de não ter sido exorbitante. Após a saída de Ugarte, o meio-campo leonino poderia ser um problema, mas a corretíssima contratação de Hjulmand tem feito esquecer o jovem uruguaio. O jogador nórdico que transpira classe com a bola nos pés, sem a mesma mostra-se bastante raçudo. Mas nada como Gyökeres. Eu diria que, com ele em campo, o Sporting está sempre mais perto de ganhar. Desde a saída de Bruno Fernandes que Alvalade não via uma estrela tão cintilante a pisar os seus relvados com a camisola verde e branca vestida. O avançado sueco é bastante rápido, forte, combativo e tem bastante golo. A juntar a tudo isto, é também bastante evoluído tecnicamente, o que o torna, na minha opinião, o melhor jogador a pisar os relvados portugueses esta época, e talvez um dos melhores avançados no mundo atualmente. Com 26 jogos, soma 20 golos e seis assistências de leão ao peito. É um jogador que sozinho consegue virar jogos. Para além da sua presença em vários golos da equipa, o seu papel é muito mais abrangente do que apenas isso. Ele corre com bola, como corre sem ela. A sua presença em campo obriga os defesas adversários a estarem em alerta. Com ele, por norma, estão mais dois defesas, e, com isto, quem beneficia são os colegas, que se veem várias vezes sozinhos. O mais incrível é como ele sozinho desgasta os centrais adversários, devido à intensidade que coloca nos duelos. Fisicamente é um “monstro”, no bom sentido. O jogo inteiro corre para a frente e para trás. Costuma-se dizer que para alguns jogadores o campo a atacar é a descer, enquanto a defender é a subir. Mas para ele é sempre a descer,tal como para os restantes elementos da equipa do Sporting. Os jogadores mostram-se bastante envolvidos no projeto e naquilo que querem ganhar. Se há coisa que não tem faltado aos jogadores é a vontade de vencer.

Estes mais antigos, mas queria dar destaque a Morita e Marcus Edwards, que estão a dar seguimento à época passada. Morita a segurar o meio-campo, enquanto Edwards continua a ser um autêntico abre latas. A postura de Rúben Amorim tem sido também a mais correta: humilde, ambiciosa e firme. Coates, capitão de equipa, continua a ser bastante importante para a equipa, seja pelo estatuto ou pela sua liderança. Apesar de já ter vários centrais de qualidade, no jogo frente ao FC Porto, que a equipa leonina venceu, o Sporting e Rúben Amorim ganharam mais um excelente central. Este já conhecido pelo clube e massa adepta. Lançado aos tubarões, Eduardo Quaresma mostrou ser mais uma mais-valia ao plantel.

Fonte: Desporto ao Minuto

Nas frentes todas, o Sporting despediu-se então de 2023. A continuar assim, será certamente um dos principais candidatos aos títulos de todas as competições em que estão presentes. Mas agora, em janeiro, terá pela frente um desafio que, para mim, poderá ditar o destino do que falta da temporada: segurar Gyökeres e resistir ao interesse que poderá e que, de certeza, deverá haver por ele.

Fonte da capa: Leonino – Onde o Sporting é notícia

Artigo revisto por Matilde Gil

AUTORIA

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Era uma vez um jovem de 18 anos que, agora, estuda na Escola Superior de Comunicação Social no Instituto Politécnico de Lisboa. Ele sempre foi uma criança cheia de sonhos, dos quais nunca desistiu. Ele ama desporto, principalmente futebol por isso escolheu jornalismo com o intuito de um dia se tornar jornalista desportivo. Isto tudo o levou a entrar para a ESCS Magazine na secção de desporto