A Universidade nos Ecrãs
É natural dizer que, na atualidade, uma grande parte das nossas horas diárias é investida nos ecrãs e que, para além das longas horas de scroll no TikTok, muitas dessas horas vão também para o que são os nossos filmes e séries favoritos, que parecem ser cada vez mais capazes de captar e representar o que muitas vezes são as nossas experiências e vivências.
É possível concordar que a experiência mais comum entre a maioria dos que leem este artigo é a da vida universitária, carregada de marcas, aventuras, desafios, conquistas e memórias que muitas vezes nem nós próprios (no dito mundo real) conseguimos processar. Mas até que ponto conseguem o cinema e a televisão captar e representar esta experiência tão marcante da vida dos estudantes universitários ?
A realidade é que já existem muitos produtos cinematográficos e televisivos onde esta vida universitária é retratada, podendo-se destacar alguns exemplos como: o filme “Legally Blonde” (2001) e a sua representação (de certa forma cómica) da vida universitária exigente em Harvard; a última e aclamada temporada da série “The Crown” (2016-2023) e a sua representação da vida do Príncipe William na universidade nos anos 90; finalmente, o filme “The Social Network” (2010), que, para além do tema da criação da rede social Facebook, retrata o que é muitas vezes a forte competitividade e empreendedorismo dentro das universidades.
Em todos os exemplos existe a representação da universidade como sendo um momento complexo e marcante na vida dos seus personagens principais, quer nos seus pontos positivos, com as novas amizades, experiências, conquistas, aventuras e memórias criadas, quer nos menos positivos, com os grandes desafios enfrentados, os novos níveis de exigência nunca antes sentidos, o forte cansaço e a exaustão muitas vezes vividos, a forte competitividade e ainda a difícil busca pela identidade pessoal, que muitas vezes é desconhecida.
A representação de o que é este momento marcante na vida dos estudantes universitários não é para o cinema e para a televisão um trabalho de reduzida dificuldade, mas tem sido um trabalho que, quer nos exemplos apresentados quer em muitos outros existentes, tem vindo a ser feito com uma boa precisão. Porém, ainda existem certos detalhes e pontos importantes da vida universitária que muitas vezes não são representados nos ecrãs, como por exemplo as questões das dificuldades financeiras e de alojamento ou o fenómeno de burnout,muitas vezes tapado e romantizado por uma imagem de que a universidade é uma fase apenas de liberdade e descoberta. A trajetória académica não é linear e a realidade é que muitas vezes existem mudanças nas nossas escolhas académicas (mudanças de curso, anos sabáticos e dificuldades académicas), que levam ao “atraso” no tempo esperado para a formação dos alunos.
Ainda assim, espera-se que esta vida universitária venha a aparecer cada vez mais nos ecrãs, visto que existem muitas oportunidades e temáticas associadas por explorar.
Fonte da capa: Canva
Artigo revisto por Mariana Ranha
AUTORIA
Diogo, ou mais conhecido pelo seu apelido social “Barão”, de 20 anos e atualmente na licenciatura de RPCE, sempre foi o que se pode chamar um personagem “abstrato”. Dividido entre o extrovertido em público e o introvertido naquilo que ele chama a sua arte, ele sempre foi reconhecido pela presença diferenciada nos diferentes meios, quer nos presenciais (com o seu estilo comparado ao de um senhor antiquado do século passado), quer nos digitais, com as suas vertentes artísticas na sua música (como produtor e criador musical), na sua poesia e escrita, na sua fotografia e na estética que este apresenta nas suas próprias redes sociais (“fkabarao” para os interessados). Entrou na escs magazine pela necessidade de viver mais a vida académica que sentiu em falta, e de forma a tentar aprender novas habilidades para o seu trabalho futuro, sendo esse mesmo futuro para ele ainda incerto, mas que para a sua filosofia de vida espera ser um futuro cheio de experiências, aprendizagens e memórias.