Opinião

Direitos humanos à deriva

Se estás a ler isto és privilegiado. Provavelmente tens um computador, telemóvel ou qualquer outro dispositivo eletrónico que te permite o acesso à informação. Se tu e eu temos esta oportunidade, porque é que há pessoas que não a têm?

O isolamento dos países em desenvolvimento face às nações desenvolvidas tem aumentado cada vez mais. A responsabilidade é atribuída à crescente dificuldade das circunstâncias globais, sem admitir que, em última análise, o destino do mundo está nas mãos de quem está do lado privilegiado do globo.

A Declaração Universal dos Direitos Humanos defende que todas as pessoas têm direito a um estilo de vida adequado, o que inclui acesso à saúde, alimentação, educação e habitação. No entanto, enquanto os países desenvolvidos desfrutam de altos níveis de bem-estar, milhões de pessoas em países em desenvolvimento lutam para ter acesso a direitos básicos. 

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A realidade é que quando a ajuda internacional chega aos países em desenvolvimento, livre de qualquer tipo de interesse político e económico, pode salvar vidas e dar uma oportunidade aos nativos destes países para terem também eles uma mão no destino do mundo. Se os programas de educação, saúde e combate à fome forem levados a sério, têm o poder de transformar sociedades inteiras. Além disso, o apoio a regimes democráticos e a pressão internacional pelo respeito dos direitos humanos podem ajudar a eliminar ditaduras e a promover a paz.  

Ainda assim, acima de tudo, o que falta resume-se a uma simples palavra: EMPATIA. Reconhecer que, apesar de todos termos as mesmas horas num dia e a vontade de usar as oportunidades que aparecem, as batalhas diárias de cada um não são iguais. Se eu tiver fome e não tiver nada para comer em casa, o meu foco não estará nos estudos. Se tivesse crescido numa sociedade onde as mulheres não têm voz, nem sequer poderia estar a escrever este artigo. A empatia é crucial e percebermos de uma vez por todas que não basta ter muita vontade e que ambição para chegar a algum lado é imprescindível. Não estamos todos “no mesmo barco”, talvez estejamos todos a navegar para algum lado, mas uns de cruzeiro, outros de canoa e muitos… a nado.

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Artigo revisto por Carolina Ferreira

AUTORIA

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Desde pequena a Mariana sabe que o mundo da comunicação é a sua casa. Está no 2.º ano da licenciatura em jornalismo e não imagina a sua vida sem livros, sendo uma apaixonada pela escrita desde que se lembra da sua existência. No 1.º ano de licenciatura experienciou a ESCS Magazine como redatora de opinião e apesar de manter essa posição este ano deu mais um passo e assumiu o cargo de coordenadora de redes sociais da Magazine, lugar onde tenciona crescer como pessoa.