Forrest Gump: um homem comum com uma vida extraordinária
“A vida é como uma caixa de chocolates: nunca se sabe o que está lá dentro”. Será a vida como uma caixa de chocolates?
Esta metáfora, proferida pela mãe de Forrest Gump e, desde já, icónica, mostra que a vida está cheia de surpresas e que precisamos de aceitar o inesperado com otimismo. Foi o elemento imprescindível no momento em que a Academia elegeu Forrest Gump como filme do ano de 1994, ao mesmo tempo que concedeu a Tom Hanks o segundo Óscar de melhor ator.
O filme conseguiu ainda Óscares para o realizador, o argumento adaptado, a montagem e os efeitos visuais. Forrest Gump foi um fenómeno que marcou o cinema, e tal não é discutível. Afinal, contra factos não há argumentos.
O filme gira em torno de Forrest Gump, um homem aparentemente comum. Ao longo do filme, este homem vai vivendo peripécias incríveis e inimagináveis, que dão ao filme uma certa emoção.
Forrest Gump, uma personagem a que podemos chamar mesmo de simplória, surge em todos os momentos mais importantes da história americana entre a década de 50 e a de 80. O filme acaba por mostrar essa jornada épica e cheia de emoção. Forrest Gump ensinou Elvis Presley a dançar, esteve envolvido no caso Watergate, foi uma vedeta no futebol americano, conheceu Jonh Lennon, Kennedy e Nixton, e até foi herói no Vietname! Extraordinário, para um homem simples com um baixo QI.
Apesar das suas limitações físicas e intelectuais, Forrest vive uma vida extraordinária, que começa na sua infância, quando supera o seu problema nas pernas e o bullying, descobrindo a sua habilidade fora do normal para correr, superando os colegas que o perseguiam. Além disto, a sua habilidade para correr leva-o a conquistar uma bolsa de estudo universitária em futebol americano. Após a universidade, Forrest alista-se no exército, onde serve na Guerra do Vietname, faz amizade com Bubba e salva vários colegas durante um ataque, inclusive o seu comandante Tenente Dan, ganhando reconhecimento como herói.
Recebe a Medalha de Honra pela sua bravura no Vietname e participa em protestos contra a guerra, encontrando Jenny, a sua amiga de infância e grande amor.
Honra o sonho do seu melhor amigo, Bubba, ao fundar uma lucrativa empresa de camarões e compartilhar os lucros com a família do mesmo, enquanto se envolve, simultaneamente, em protestos pela paz.
Apesar do seu sucesso, Forrest permanece sempre fiel ao amor da sua vida, Jenny, que enfrenta uma vida conturbada de abusos e uso de drogas. Após o término da sua relação com Jenny, embarca numa longa corrida que dura anos, atravessando os EUA e inspirando pessoas.
Forrest cria o seu filho, pois Jenny tinha já falecido, encerrando o filme com uma repetição de um ciclo, agora protagonizado por Forrest Gump Júnior.
Embora o filme possa não ter grande drama, o mesmo não falha no que toca a comover os espectadores, visto estar repleto de lições de moral. A personagem principal ensina-nos a valorizar o amor, a amizade e a bondade, tendo uma visão inocente do mundo, o que lhe permite viver com sinceridade e genuinidade. Forrest também nos mostra que, com esforço e dedicação, é possível superar desafios, sendo, assim, o trabalho duro sempre recompensado.
Além disto, permanece completamente apaixonado por Jenny, mesmo depois de a mesma ter cometido erros, o que nos demonstra o que é o amor verdadeiro e incondicional. O filme reforça, ainda, a ideia de que cada pessoa tem valor e contribui de forma diferente para o mundo, assim como Forrest desempenha um papel significativo na vida de todos os que o rodeiam.
Com um coração puro e conduzido pelo desejo de praticar o bem, Forrest Gump toca de forma especial todos os que por ele passam. Sem ter grandes ambições, conquistou o mundo ao seu redor. A história é uma homenagem à inocência e à ideia de que a vida é cheia de surpresas, tal como uma “caixa de chocolates”!
Fonte da capa: TV Insider
Artigo revisto por Diogo Bértola
AUTORIA
Raquel Bernardo tem 18 anos, é natural de Lisboa e entrou este ano para o primeiro ano da licenciatura de jornalismo. O jornalismo sempre foi uma área que a cativou desde jovem uma vez a mesma ter sido desde criança bastante comunicativa (e que nunca parava de falar). Transmitir informação e conhecimento aos outros sempre foi algo que a Raquel considerou imprescindível numa sociedade tão agitada como a nossa, olhando o papel dos jornalistas como nobre.
Desde pequenina que demonstrou uma grande paixão pela escrita, paixão essa semeada pelo seu pai, escritor de rubricas, e, com esta entrada para a ESCS magazine, a mesma espera tanto melhorar as suas qualidades de escrita como aprofundar a sua relação com esta.