A morte ou renascimento do cinema ?
Quantos filmes, dias, horas e minutos “matamos” nas novas plataformas de streaming, atualmente tão conhecidas? E quantas horas “matamos” numa sala de cinema? A realidade é que, se estas questões fossem utilizadas num estudo estatístico, a conclusão mais previsível seria que o investimento geral nas plataformas de streaming é muito superior ao investimento feito nas salas de cinema.
São inúmeros os fatores que explicam esta nova realidade e que levam a que seja cada vez menor o número de pessoas que frequentam as salas de cinema com regularidade, desde a diferença de custos entre a subscrição de plataformas como a Netflix e HBO, face aos preços elevados de um bilhete de cinema, à clássica desculpa do “conforto de casa” em vez da deslocação ao centro comercial. A mais facilitada e rápida acessibilidade aos nossos filmes favoritos é feita através de computadores pessoais ou televisões.
Sendo assim, será que o cinema, na sua forma mais clássica, se encontra em extinção? Na opinião de alguns, sim, mas para outros não, tendo em conta que esta nova realidade pode ser, na verdade, uma nova oportunidade para o cinema se reinventar e se adaptar aos dias de hoje e ao futuro.
A mudança parece sempre ser algo assustador, principalmente quando afeta aquilo que já é tão marcado pela tradição e pelos costumes das pessoas. O cinema é sem dúvida um mundo marcado pela tradição do passado. Desde o seu surgimento, no final do Século XIX, o cinema tem vindo a impactar os costumes e hábitos das pessoas, os padrões de moda e atitudes culturais, os comportamentos e sociabilidades e até mesmo as visões sobre áreas como a política, a economia, a sociedade e a cultura.
Como tudo na vida, o cinema, para subsistir, deve evoluir e conseguir adaptar-se às novas plataformas de streaming, que são as suas principais “concorrentes”.
O mundo cinematográfico não precisa de estar num estado de “falência” ou “morte”, para entrar num estado de reinvenção ou “renascimento” que o possa levar a novos horizontes, a novas descobertas e à criação de um novo cinema, mais dinâmico, fortalecido, atrativo e cheio de entretenimento.
Fonte da capa: Vecteezy
Artigo revisto por Mariana Ranha
AUTORIA
Diogo, ou mais conhecido pelo seu apelido social “Barão”, de 20 anos e atualmente na licenciatura de RPCE, sempre foi o que se pode chamar um personagem “abstrato”. Dividido entre o extrovertido em público e o introvertido naquilo que ele chama a sua arte, ele sempre foi reconhecido pela presença diferenciada nos diferentes meios, quer nos presenciais (com o seu estilo comparado ao de um senhor antiquado do século passado), quer nos digitais, com as suas vertentes artísticas na sua música (como produtor e criador musical), na sua poesia e escrita, na sua fotografia e na estética que este apresenta nas suas próprias redes sociais (“fkabarao” para os interessados). Entrou na escs magazine pela necessidade de viver mais a vida académica que sentiu em falta, e de forma a tentar aprender novas habilidades para o seu trabalho futuro, sendo esse mesmo futuro para ele ainda incerto, mas que para a sua filosofia de vida espera ser um futuro cheio de experiências, aprendizagens e memórias.