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Pam: “um dos piores desastres naturais da história do Pacífico”

Este sábado a União Europeia disponibilizou um milhão de euros com vista a ajudar as primeiras ações de emergência em Vanuatu. “Trata-se de uma ajuda inicial”, explica o Serviço Europeu de Acção Externa através de um comunicado.

A Comissão Europeia pretende enviar especialistas “para avaliar as necessidades humanitárias e coordenar-se com os outros parceiros que estão a operar no terreno”, como as organizações internacionais que ajudam no fornecimento de água potável, alojamento e medicamentos.

A França, através do Ministério dos Negócios Estrangeiros, mostrou a sua solidariedade, dizendo estar disponível “para responder a qualquer pedido de assistência”. Também o Reino Unido declarou que vai doar 2 milhões de libras (cerca de 2,8 milhões de euros) para ajudar na recuperação dos estragos causados pelo ciclone.

A UNICEF estimou que pelo menos metade da população foi afetada pelo ciclone e que este poderá ser “um dos piores desastres naturais da história do Pacífico”.

Escolas, igrejas e centros comunitários do arquipélago estão a ser usados como abrigo: “Muitos destes edifícios também terão sofrido danos estruturais”, referiu a UNICEF. O Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários da ONU afirmou que ainda não existem números oficiais de vítimas, no entanto, pelo menos 44 pessoas morreram na província de Penama.

Em Port Vila, onde vivem cerca de 40 mil pessoas, foi confirmada a morte de 6 e a destruição de cerca de 80% das casas da cidade.

O ciclone tropical Pam atingiu Vanuatu na madrugada de sexta-feira, deixando uma “destruição inacreditável”. Segundo relatos das organizações não-governamentais teme-se que haja dezenas de vítimas mortais. Este ciclone atingiu a categoria máxima (5), provocando “apagões”, tendo a comunicação ficado cortada durante várias horas no arquipélago.

Pam atravessou a principal ilha de Vanuatu, com mais de 65 mil habitantes, com ventos de mais de 250 quilómetros por hora. Os habitantes foram obrigados a passar a noite em abrigos provisórios, disse Aurelia Balpe, responsável pela região do Pacífico da Cruz Vermelha à agência AFP.

O ciclone tem sido monitorizado pelo Departamento de Meteorologia da Austrália.

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