As castanhas substituem as sardinhas. Próxima estação na capital: Outono.
A chuva chegou às ruas da nossa capital — as sardinhas, uma refeição “very typical” do verão lisboeta, foram substituídas pela dúzia de castanhas assadas, na baixa lisboeta. Retratos de um outono numa cidade que não pára.
A tua Magazine andou pela baixa em busca de turistas, e não foi difícil encontrá-los mesmo em época baixa. Atraídos por uma cidade antiga, mas virada para o século XXI, são muitos os que procuram a luz de Lisboa, mesmo nesta estação. Com menos dinheiro, mais estrangeiros do que portugueses, ‘armados’ com os iPhone’s que parecem ter substituído as pesadas câmaras, vêm em busca de passar bons momentos. Falam de um destino histórico e low-cost em relação a outras cidades da Europa Central e mostram-se impressionados com a beleza da cidade.
Na nossa viagem cruzamo-nos com turistas de todo o género. Vão ganhando terreno os turistas de cruzeiro oriundos do centro da europa: com a expansão do terminal de cruzeiros espera-se que venha a aumentar ainda mais esta tendência. Tendência que parece perdurar é a dos turistas asiáticos, que procuram conhecer o mundo ocidental na cidade que abriu caminhos ao mundo.
Continuando a nossa caminhada, sentimos o cheiro a castanhas, que já começa a ser uma tradição nesta altura do ano. No topo da Rua Augusta está estacionado um dos tradicionais carros dos assadores, que deixa um cheirinho especial, numa das 31 ruas que deves visitar antes de morrer, segundo a revista espanhola Condé Nast Traveler. “Quem quer quentes e boas?”, pregão popular popularizado pelo fado de Carlos do Carmo é repetido vezes sem conta ao passar dos turistas. Os portugueses pouco lhes pegam. “A dúzia está muito cara”, reclamam. O preço mantém-se há alguns anos, mas os 2€ da dúzia não deixam de ser proibitivos para muitos portugueses. Conta-nos o assador que durante o Verão vende, no mesmo local, gelados.
E assim é a vida na cidade que já tem folhas a cair e que daqui a poucos dias será invadida pelo espírito do Natal.
AUTORIA
Vem da terra que tem "vinhos" no nome, mas nunca ganhou o concurso da Miss Vindimas. Nem queria, não fiquem com ideias! Não passa mais tempo na ESCS porque os transportes não lhe permitem, mas, para não ter muitas saudades, faz questão de levar trabalho de casa! Acredita que já suou mais no primeiro ano por causa dos núcleos do que aquilo que espera vir a suar nestes 3 anos por causa do curso de jornalismo. Tem uma paixão pela rádio e pela ESCS, felizmente não têm ciúmes uma da outra!