Opinião


Pokémon NO!

O fenómeno Pokémon é uma série/um jogo que teve início no ano de 1995 ou 1996, mais propriamente no Japão, e desde sempre “moveu” multidões por ter uma história interessante. Este mesmo jogo sempre nos tornou protagonistas de uma das melhores séries dos últimos tempos, no qual o nosso objetivo era capturar pokémon de modo a evoluí-los e derrotar tanto os ginásios e outros treinadores como a “Liga Pokémon”.

A verdade é que os únicos problemas associados a esta série/este jogo eram o facto de ficarmos muito tempo a olhar para a televisão ou para o computador e danificar uma das partes mais expressivas do nosso corpo (os olhos) – e que nos guia todos os dias. Contudo, não havia outro tipo de problemas até porque podíamos jogar com os nossos amigos no conforto da nossa casa.

A moda durou anos e anos até desaparecer quase totalmente das nossas vidas tal como acontece com a maioria das modas. Porém em meados do séc. XXI, mais propriamente no ano de 2016, surge a mais inovadora versão do Pokémon para telemóveis com sistema IOS ou Android, quase com o objetivo de competir com o vício do tabaco, álcool ou de qualquer outra droga potencialmente perigosa para o ser humano.

Ao olharmos para este novo jogo encontramos várias falhas técnicas em termos de jogabilidade mas percebe-se qual é o conceito que está por detrás do seu desenvolvimento. Contudo, hoje em dia é dos maiores perigos que existem para as pessoas porque estas não têm noção dos locais por onde andam para “caçar” os pokémon e acabam por fazer todo o tipo de loucuras para terem um pikachu ou um magikarp.

Isto é, apesar de a culpa ser o facto de as pessoas não saberem colocar limites quando estão na sua eterna “caça”, o jogo está feito de modo a permitir que as pessoas ultrapassem qualquer tipo de barreiras/obstáculos e, já que os esforços tanto da polícia como das campanhas de sensibilização não resultam, tem de ser a própria empresa a modificar as regras e formas de jogabilidade sem pôr em perigo mais nenhuma vida.

Já houve mortes, assaltos, acidentes, crimes de invasão a propriedade privada ou alheia, entre outros, tudo apenas devido a um mero jogo Pokémon e a um conjunto de ideias (que podem ser boas ou más), postas em prática sem talvez terem calculado os riscos inerentes ao mesmo. Uma vez mais, acredito que seja apenas uma moda e que rapidamente poderá desaparecer, mas até lá terão de haver mais regras se não queremos ver esta situação a piorar.

Isto não quer dizer que eu ache que este é um mau jogo, apenas poderia ser jogado e aproveitado de forma diferente sem acabar com a vida “física”, psicológica ou “social” das pessoas.

AUTORIA

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Pedro Almeida, de 21 anos, é um estudante universitário do curso de Publicidade e Marketing, cuja paixão reside no Marketing, na escrita e na responsabilidade social.