Os deputados elegeram, esta segunda-feira, Abílio Morgado para o Conselho de Fiscalização do Serviço de Informações da República (SIRP), com 153 votos, e o professor Mário Mesquita para a Entidade Reguladora da Comunicação Social (ERC), com 160 votos.

Abílio Morgado obteve mais três votos do que os 150 necessários para a eleição, tendo em conta que votaram 225 deputados e a eleição faz-se por uma maioria de dois terços, sendo, assim, eleito à segunda tentativa, depois de ter falhado a eleição no passado dia 20 de outubro.

Abílio Morgado, advogado e antigo consultor de Cavaco Silva, substitui Paulo Mota Pinto – antigo vice-presidente do PSD durante a liderança de Manuela Ferreira Leite – depois de uma tentativa falhada dos sociais-democratas de elegerem para o cargo a deputada e vice-presidente do partido Teresa Morais.

Mário Mesquita foi eleito para a Entidade Reguladora para a Comunicação – ERC – com 160 votos a favor, 56 brancos e 9 nulos, assim como o restante elenco proposto. O jornalista e professor universitário Mário Mesquita foi administrador da FLAD e é fundador e ex-militante do PS, tendo apoiado o primeiro-ministro, António Costa, na disputa com António José Seguro pela liderança do partido.

Tal como com o Conselho de Fiscalização do SIRP, também a ERC é eleita à segunda tentativa, depois de falhada a eleição no dia 20 de outubro.

Além de Mário Mesquita, o PS propôs o jurista João Pedro Figueiredo, e o PSD Fátima Resende Lima, que já exerce funções na entidade, e Francisco Azevedo e Silva, antigo membro da direção do Diário de Notícias.

O quinto membro da ERC será eleito pelos quatro elementos eleitos. O PS e o PSD acordaram que o quinto nome a cooptar terá de ser “alguém com indiscutível perfil de independência”.

Segundo avança o Público, Sebastião Póvoas, atualmente vice-presidente do Supremo Tribunal de Justiça, será o presidente da ERC, substituindo o jornalista Carlos Magno. Já Mário Mesquita deverá ser o vice-presidente.