Cinema e Televisão

Afinal existe um “Depois do Universo”

Todos nós pensamos no que pode existir depois do universo: se existe ou não algo além da dimensão em que vivemos e o que poderá ser. O filme Depois do Universo oferece um novo olhar que podemos adotar em relação a esta questão.

Esta obra cinematográfica da Netflix, dirigida por Diogo Freitas, retrata o amor entre uma jovem doente que espera por um transplante de rim e um jovem médico que está a começar a sua carreira na área da medicina. Eu sei, esta parece uma história bastante comum e até pode causar a impressão de que já a conhecem, mas é aí que se enganam. Esta não é mais uma história de amor que envolve idas e vindas e da qual já calculamos o final ou da qual já sabemos o que esperar. Esta é uma história que se diferencia pela mensagem que transmite e pelo final completamente inesperado.

Nina (Giulia Be), uma das personagens principais, é uma jovem apaixonada pela música, nomeadamente por tocar piano, que está há muitos anos à espera de um transplante devido a uma doença autoimune que afeta os rins: lúpus. A jovem acaba por se cruzar com Gabriel (Henrique Zaga), um jovem médico recém-licenciado, que tenta ajudá-la a seguir o seu sonho de se tornar pianista na Orquestra Sinfónica de São Paulo. Ao longo do filme, vemos a paixão dos dois a crescer e a força que Gabriel dá a Nina para que esta enfrente a doença e até a vida de maneira mais positiva. No fim, é impossível não ficarmos de boca aberta em frente ao ecrã, com o desfecho deste romance dramático.

Fonte: IMDb

 O que mais me fascina nesta obra é a mensagem subliminar por detrás da relação das personagens. O positivismo e a leveza de viver que a personagem de Henrique Zaga transmite a Nina fez com que esta encarasse a vida com outros olhos e percebesse que aquele poderia não ser o fim, e que havia tempo de lutar pelos seus sonhos enquanto houvesse esperança de cura. Isto oferece ao espectador a lição de que nunca é tarde para realizar os nossos objetivos e de que nunca se deve baixar os braços se ainda houver esperança e uma salvação.

Além da história surpreendente, a própria trilha sonora do filme é bastante atual e faz muita diferença em certos momentos da narrativa, provocando emoções no público. O elemento musical está presente do primeiro ao último segundo do filme. No final, existe uma cena que emociona qualquer amante de romances, ao som de Depois do Universo. A canção é interpretada por Giulia Be que, além de personagem principal, é cantora, fora dos grandes ecrãs. Esse desenlace dá ênfase à ideia de que existe um universo para lá deste que conhecemos no qual temos a oportunidade de viver tudo o que não vivemos nesta vida.

Recomendo este drama a todos aqueles que gostem de se deixar levar por um romance clichê e leve que nos faça apaixonar pelo próprio casal, e a quem goste de um bom plot twist que deite por água abaixo tudo aquilo que esperávamos que acontecesse.

Fonte da capa: IMDb

Artigo revisto por Adriana Vicente

AUTORIA

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A Daniela está no segundo ano da licenciatura de Jornalismo e sempre teve um bichinho por tudo o que fosse relacionado a histórias e escrita! Com uma imaginação muito fértil, coleciona blocos e cadernos repletos de narrativas autorais. Para além disso, não desperdiça uma boa tarde passada no universo das séries e dos filmes! Viu na Magazine, em especial na editoria de Cinema e Televisão, uma boa oportunidade de unir o melhor do seu mundo: a escrita e a ficção!