Agualusa entre os seis finalistas do Man Booker International Prize
O escritor angolano José Eduardo Agualusa integra o grupo dos seis finalistas do Man Booker International Prize deste ano. A lista de inicialmente 13 finalistas, apurados a partir das 155 candidaturas recebidas pela organização este ano, foi anunciada em março. Agora foi reduzida para seis autores, que concorrem conjuntamente com os seus respetivos tradutores. O prémio será entregue a 16 de maio.
O prémio final pelo melhor livro estrageiro traduzido para inglês é de 50 mil libras (cerca de 63 mil euros) e é dividido entre autor e respetivo tradutor. Havia ainda mais um escritor de língua portuguesa que fazia parte da lista divulgada no mês passado, Raduan Nassar, um brasileiro de origem libanesa, que não conseguiu lugar no grupo dos seis finalistas.
Os outros membros deste grupo de seis que concorrem contra Agualusa são Elena Ferrante, de Itália, Han Kang, da Coreia do Sul, Robert Seethaler, da Áustria, Orhan Pamuk, da Turquia e Yan Lianke, dissidente chinês.
José Eduardo Agualusa foi escolhido pelo livro Teoria Geral do Esquecimento, traduzido para inglês por Daniel Hahn. O tradutor inglês conta com mais de 30 livros traduzidos, de autores como José Saramago e Gonçalo M. Tavares, entre outros.
Com seis línguas diferentes representadas nesta fase no Man Booker Internacional Prize 2016 e quatro países que surgem pela primeira vez (Turquia, Angola, Coreia do Sul e Áustria), o júri aplaude a diversidade “emocionante” deste grupo de finalistas.
Desta shortlist, Agualusa e Pamuk já venceram noutros anos o prémio de ficção estrangeira independente, que até ao ano de 2015 era entregue anualmente. No entanto, esse prémio foi agora agregado ao Man Booker Internacional Prize e a fusão trouxe algumas novidades: é que, até ao ano passado, o prémio era entregue de dois em dois anos e destacava a obra completa de um determinado autor. Agora passou a ser anual e a incidir sobre um único livro.