As influências surgem de todo o lado e o cinema não é uma exceção. Ao longo de décadas, a 7ª Arte impõe tendências e domina formas de vestir. Assim sendo, venho falar-vos de cinco filmes, que, para mim, são ícones da moda.

Breakfast at Tiffany’s – “As pessoas não pertencem umas às outras.”

Já dizia o ditado: “com um vestido preto eu nunca me comprometo”, e Holly Golighty cumpre-o à risca. Esta peça é um essencial no guarda-roupa de qualquer mulher, não só na década de 60, mas também na atualidade.

Breakfast at Tiffany´s veio quebrar o estereótipo de que para se vestir bem é preciso gastar imenso dinheiro. Como a maioria não podia investir num guarda-roupa personalizado da Givenchy, eles optaram por peças mais acessíveis, usando assim cópias mais baratas do vestido durante a produção de material promocional. Deste modo, nasceu o termo “luxo com orçamento limitado”.

Clueless – “O que é isso? Um vestido! Quem disse? Calvin Klein!”

Falar das tendências na moda dos anos 90 e não fazer referência a Clueless é um crime.

Alicia Silverstone assumiu o papel de protagonista e criou um estilo bastante próprio para a personagem. Desde as suas expressões como “Whatever” e “As If!” até ao seu estilo bastante próprio recheado de penas, saias xadrez e sapatos de boneca, Cher tornou-se um ícone da moda para muitas adolescentes no final do milénio.

Stacey Dash, com a sua Dionne, também não se deixou ficar, conseguindo fazer com que os anéis de nariz, os cabelos trançados e os chapéus grandes se tornassem essenciais.

Legally Blonde – “Paulette, eu ensinei o Bruiser a fazer compras online, acho que posso lidar com o congresso.”

Se Elle Woods chegou, o mundo ficou oficialmente mais cor de rosa. O seu estilo repleto de sandálias de tiras, extensões loiras e muitas minissaias não deixou ninguém indiferente. As suas principais referências são Paris Hilton e Lindsay Lohan e os seus looks,desde o tradicional vestido rosa até ao biquíni verde esmeralda cintilante, passando por um look totalmente dourado com imensas lantejoulas, são inigualáveis.

Um facto interessante acerca destes dois filmes protagonizados por Reese Witherspoon é a evolução da forma de vestir da personagem ao longo do filme. Esta evolução resulta de um processo de reconhecimento interno, pois o estilo reflete a personalidade.

Mean Girls – “Às quartas-feiras, nós usamos rosa.”

Quem nunca viu Mean Girls não sabe o que está a perder. Este filme, escrito por Tina Fey, lançou várias trends para o mundo da moda.

As frases mediáticas foram imensas e os mandamentos de estilo das protagonistas ainda hoje são seguidos por muitos fãs. Para além disso, os fatos de treino de veludo encheram as lojas. Há até quem afirme que, graças a Amy Phoeler, os fatos de treino da Juicy Couture tornaram-se ainda mais populares do que em 2004.

Mas falar de Mean Girls e não referir as famosas Sassy Slogan Tees que Regina, Gretchen e Karen usavam é um crime. Fossem elas mais atrevidas ou dramáticas, todas se adequavam ao seu estilo.

Talvez a moda das Mean Girls tivesse regras a mais, mas uma coisa é certa: tinha muito cor de rosa e muito atrevimento.

The Devil Wears Prada – “No dia em que a sua vida pessoal é destruída, é hora de uma promoção.”

O filme The Devil Wears Prada mostra-nos os bastidores de uma revista de moda e acompanha o dia a dia de uma assistente que faz de tudo para realizar os desejos mais doentios da sua chefe.

Este filme causou um grande tumulto ao ser lançado, em 2006, quando os mundos da moda e do cinema colidiram para produzir um filme verdadeiramente espetacular. Nunca houve um filme em que fosse tão essencial obter a aparência, a sensação e os atores certos para conseguir obter o tom certo, isto é, onde a moda tivesse um papel tão grande na garantia do sucesso do mesmo

Artigo revisto por: Margarida Saltão