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As últimas condecorações de Barack Obama

Barack Obama atribuiu a mais alta condecoração civil dos Estados Unidos a 21 personalidades de áreas como a ciência, o desporto, o cinema ou a arquitetura. São as últimas Medalhas da Liberdade que entrega antes de abandonar a Casa Branca.

Barack Obama está a poucos dias de passar o testemunho a Donald Trump, o Presidente eleito dos Estados Unidos da América, e, em forma de despedida, decidiu homenagear várias figuras americanas com a Medalha da Liberdade.
Do grande ecrã à ciência, ao todo foram 21 personalidades que receberam a Medalha da Liberdade pelas mãos do Presidente dos Estados Unidos da América.
O melhor marcador de sempre da Associação Nacional de Basquetebol (NBA) – Kareem Abdul-Jabbar –, uma ativista dos direitos das comunidades nativas americanas – Louise Cobell (a título póstumo) –, o atleta afro-americano Michael Jordan, a escultora e ambientalista de origem chinesa Maya Lin, a atriz e apresentadora Ellen DeGeneres, o reitor da segunda maior instituição do ensino superior nos Estados Unidos – o americo-cubano Eduardo J. Padrón –, o casal Bill e Melinda Gates – que tem consagrado parte da sua fortuna ao apoio aos mais desfavorecidos –, a contra-almirante Grace Hopper – considerada a “primeira dama do software” –, o jurista Newt Minow – que teve um papel importante na definição da natureza do serviço de televisão dos EUA –, ou ainda a matemática e cientista Margaret H. Hamilton – responsável pela equipa que criou o software para os módulos de comando e de aterragem do programa espacial Apollo –foram alguns dos distinguidos com a Medalha da Liberdade.
Foram ainda distinguidos Bruce Springsteen – um dos nomes maiores do rock –, a afro-americana Diana Ross – com uma carreira de mais de cinco décadas dedicada à música –, o ator e realizador Robert Redford, e os atores Robert de Niro e Tom Hanks, o arquiteto Frank Gehry, o físico Richard Garwin. Obama escolheu ainda Lorne Michaels – criador do Saturday Night Live –, o radialista Vin Scully, e a atriz afro-americana Cicely Tyson – que participou na série Raízes –, para o lote de medalhados.
“As Medalhas da Liberdade não são só a nossa maior honra civil, são um tributo à ideia de que todos nós, independentemente de onde vimos, temos a oportunidade de mudar este país para melhor”, afirmou Obama. 
As origens étnico-sociais, o percurso profissional e pessoal, assim como suas motivações, foram enunciados por Obama como as razões que “ajudaram a América a seguir em frente, inspirando milhões de pessoas em todo o mundo”.
“Num momento crucial a sua coragem e honestidade ajudaram a mudar a mentalidade de milhões de americanos, acelerando as nossas nações em direção à igualdade e aceitação para todos”, acrescentou Obama.
Ellen DeGeneres, que tem sido uma ativa defensora das minorias sexuais, foi uma das galardoadas que mais se comoveu na cerimónia. “Uma e outra vez, Ellen DeGeneres mostrou-nos que um único indivíduo pode tornar o mundo um lugar mais divertido, aberto, com mais amor”, elogiou o ainda presidente americano.
As Medalhas da Liberdade, atribuídas desde 1963 por iniciativa do presidente John F. Kennedy, que viria a ser assassinado nesse ano, constituem a maior distinção que pode ser dada a um civil.