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Azeredo Lopes demite-se do Governo

O ministro da Defesa, Azeredo Lopes, demitiu-se esta sexta-feira. Em causa está a polémica do roubo de Tancos e as suspeitas de que o ministro teria conhecimento.

António Costa, primeiro-ministro, aceitou de imediato a carta de demissão de Azeredo Lopes, até então ministro da Defesa. Os dois estiveram juntos, no Palácio de Belém, na cerimónia da tomada de posse da nova procuradora-geral da República, Lucília Gago. No entanto, a decisão só foi revelada depois do evento.

Apesar de esta decisão ser desejada pela oposição, a notícia foi recebida com surpresa no ministério. A polémica à volta do assalto a Tancos era muita. Contudo, o ministério da Defesa “estava a trabalhar com normalidade e já com a agenda da semana seguinte a ser ultimada”, segundo o jornal Observador.

A notícia da demissão foi revelada meia hora após o ministério da Defesa ter anunciado uma visita do ministro ao Regimento da Infantaria de Vila Real e à Escola de Serviços do Exército na Póvoa de Varzim.

Esta demissão “relâmpago” pode ser justificada pela possibilidade de Azeredo Lopes ter sido constituído arguido. No entanto, a atual procuradora-geral da República, Lucília Gago, ainda não esclareceu este assunto.

Bruno Vitorino, deputado do PSD na Comissão da Defesa, adianta que “o caso não acaba com a demissão do ministro” e que o primeiro-ministro ainda pode ser chamado ao Parlamento para prestar declarações sobre Tancos.

O assalto a Tancos ocorreu a 28 de junho de 2017. Vários explosivos potentes, munições e outros engenhos foram roubados num assalto aos paióis militares da base de Tancos, em Vila Nova da Barquinha.

 

    Corrigido por: Joana Silvério