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Benfica diz adeus à Liga Europa

O Arsenal venceu por 3-2 o Benfica, acrescentando mais um prego no caixão da terrível época dos encarnados. Quase 30 anos depois do confronto das duas equipas na ainda Taça dos Clubes Campeões Europeus, que ditou a eliminação inglesa, desta vez o Arsenal afastou os portugueses da Liga Europa.

Os primeiros 15-20 minutos de jogo deram a entender um Benfica expectante, pragmático, e um Arsenal com mais ascendente, mais posse de bola, à procura de ferir as águias. Aos 20 minutos, Bukayo Saka, com uma bela assistência, encontra Aubameyang, que finalizou com excelência e colocou o Arsenal na frente da eliminatória.

Fonte: The Times

As águias começaram a ter mais bola, mas, simultaneamente, pouca gente na zona de finalização, não conseguindo aproveitar devidamente os lances que iam tendo. Aos 43 minutos, Diogo Gonçalves assume a marcação de um livre direto à entrada da grande área do Arsenal e, com uma colocação exemplar, empata o jogo. 

Na segunda parte, aos 50 minutos Aubameyang viu um golo ser-lhe anulado, pois estava fora de jogo, mas o Benfica não foi abaixo. Pouco depois, Jesus mexeu na equipa, lançando 3 novos elementos: Darwin, Everton e Gabriel substituíram Seferovic, Pizzi e Taarabt, passando o Benfica a adotar definitivamente o 3-4-3, com Everton na direita do ataque.

Aos 61 minutos, Helton Leite lança rapidamente na frente, Dani Ceballos corta mal a bola, Rafa apercebe-se, aproveita e isolado faz o 1-2 para os encarnados, colocando-os na frente da eliminatória. Meia hora por jogar e Mikel Arteta não demora a mexer, lançando Willian e Thomas Partey para os lugares de Ceballos e Emile Smith Rowe, pois o Arsenal precisava de dois golos para dar a volta à eliminatória, o que não demorou a acontecer. Os ingleses aceleraram e aos 67 minutos empataram o jogo por intermédio de Kieran Tierney, após boa combinação com Willian. Everton ficou mal visto na jogada.

Fonte: Sapo Desporto

Se a entrada de Everton se verificou infrutífera após 10 minutos, o mesmo não se pode dizer da entrada de Gabriel, que recuperou uma bola, sprintou em transição ofensiva, mas acabou por fazer um passe sem nexo para as mãos de Bernd Leno, quando Rafa se preparava para ficar em boa posição.

Jesus refrescou a defesa com a entrada de Nuno Tavares para o lugar de Grimaldo e o 3-2 não demorou a surgir. Mais uma má abordagem do português, permitindo a Saka cruzar para o cabeceamento de Aubameyang. Jesus ainda lançou Waldschmidt, tendo Arteta correspondido com as entradas de Mohamed Elneny e Calum Chambers, mas o marcador não veria mais alterações e acabaria 3-2.

Fonte: Sapo Desporto

Desta forma, depois da eliminação da terceira pré-eliminatória da Liga dos Campeões diante do PAOK, de se encontrar em quarto lugar no campeonato a 15 pontos do primeiro classificado (Sporting), de ter perdido a Supertaça frente ao F.C. Porto e de ter sido eliminado das meias-finais da Taça da Liga pelas mãos do Sporting de Braga, o Benfica soma mais um desaire nesta época. Assim, sobram a Taça de Portugal (sendo que ainda falta uma segunda mão das meias-finais por jogar) e o segundo lugar do campeonato, que permite a entrada direta na Liga dos Campeões aos encarnados.


Destaques:

Os Gunners alinharam com Bernd Leno na baliza. Héctor Bellerín, David Luiz, Gabriel Magalhães e Kieran Tierney formaram o quarteto defensivo. Granit Xhaka e Dani Ceballos constituíram o meio-campo, acompanhados por Bukayo Saka, Martin Odegaard e Emile Smith Rowe. Pierre-Emerick Aubameyang foi o escolhido para alinhar na frente neste 4-2-3-1.

Nos ingleses, Tierney de início revelou-se uma aposta acertada, devido à profundidade que deu à sua ala, tendo ainda beneficiado da entrada de Willian. Saka tem apenas 19 anos, mas demonstrou neste jogo o seu potencial, combinando muito bem com Odegaard e criando mossa com a sua capacidade de cruzamento. Aubameyang acabou por ser o herói, contrariamente à semana passada, pois desta vez viu um golo ser-lhe anulado, marcou dois e foi decisivo na iniciativa ofensiva dos Gunners, colocando sempre a defensiva encarnada em alerta com as suas movimentações.

Fonte: FlashScore

Já o Benfica alinhou com Helton Leite. Defesa composta por 3 centrais – Lucas Veríssimo, Otamendi e Vertonghen –, com as alas atribuídas a Diogo Gonçalves e Grimaldo. Weigl, Taarabt e Pizzi no miolo, e Rafa Silva e Seferovic na frente. A equipa desdobrou-se entre um 3-4-3, onde Pizzi avançava para o trio da frente, e um 3-5-2, ficando apenas Rafa lado a lado com Seferovic. 

Em termos de destaques, o suíço teve mais uma noite para esquecer; Pizzi pouco se viu; mas o destaque negativo vai para duas das substituições de Jorge Jesus, pois Nuno Tavares e Everton entraram, mas tiveram nota negativa em dois golos sofridos. Em contrapartida, Rafa, mais uma vez, cometeu erros, mas foi dos mais inconformados; Weigl e Vertonghen fizeram um bom jogo, provando, novamente, que são dois dos jogadores que mais rendimento têm tido; Diogo Gonçalves juntou um golaço a uma exibição globalmente positiva.

A Liga Europa segue, assim, para os oitavos de final sem a presença de clubes portugueses, uma vez que o Sporting de Braga também foi eliminado pelas mãos da AS Roma por um agregado de 5-1 a favor dos italianos.

Artigo revisto por Ana Sofia Cunha

AUTORIA

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Apaixonado pelo futebol desde que se conhece, André adora uma boa discussão futebolística. Acompanha ainda wrestling, particularmente a WWE e a AEW. Refugia-se na escrita, sonhando ser jornalista desportivo e procurando acrescentar algo mais a esta área.