Benfica voa para triunfo seguro no regresso dos adeptos à Luz
Num jogo marcado pelo regresso dos espetadores ao Estádio da Luz – foram 4 875 pessoas -, o Benfica recebeu e venceu o Standard de Liège por três golos sem resposta com dois golos de Pizzi e um de Waldschmidt, uma das novas contratações das águias.
Suportado pelo apoio do público, o Benfica entrou bem no encontro e com vontade de abrir o marcador, o que ia acontecendo aos 14 minutos por intermédio de Pedrinho, mas Bodart, o guarda-redes da equipa belga, defendeu de forma segura. Everton também tentou a sua sorte momentos depois, mas sem sucesso.
Com o Standard montado num 4-5-1, muitas vezes transformado em 5-4-1, e a ocupar constantemente o espaço entre linhas, o Benfica continuou a controlar a partida, mas já sem o ímpeto inicial, pelo que, até ao intervalo, a única chance foi de Pizzi, que rematou torto, desperdiçando uma boa ocasião para inaugurar o marcador.
Ao intervalo, Jorge Jesus mexeu na equipa, fazendo entrar Rafa Silva para o lugar de um desinspirado Pedrinho e não demorou muito até o Benfica marcar, o que viria a acontecer aos 50 minutos, através da grande penalidade batida por Pizzi. Oito minutos depois, o Standard fez o único remate à baliza do encontro, mas Vlachodimos, atento, defendeu.
Aos 65 minutos, outra grande penalidade para a equipa da casa, mas desta vez batida com sucesso por Waldschmidt. Num jogo controlado e a caminhar para o fim, o treinador encarnado aproveitou para gerir a formação e em cinco minutos fez três substituições, lançando Taarabt, Weigl e Seferovic para os lugares de Waldschmidt, Gabriel e Darwin, respetivamente. A partida viria a ficar sentenciada aos 76′ com Pizzi a bisar num remate que acabou por trair Bodart, pelo que o Benfica somou mais três pontos na fase-de-grupos da Liga Europa.
Em termos táticos, o conjunto belga viu-se privado de sete jogadores infetados com Covid-19 e uma lesão de última hora, pelo que a missão se tornava hercúlea. Ainda assim, optando por entregar o domínio de jogo à equipa da casa e procurando contra-ataques venenosos, o Standard passou grande parte do encontro no seu meio-campo defensivo. Se a estratégia teve sucesso na primeira parte da partida, criando até dificuldades ao Benfica de criar lances de verdadeiro perigo, o mesmo não se pode dizer da segunda, dado que os três golos foram sofridos na segunda parte.
Relativamente ao Benfica, o sistema tático foi o habitual (4-4-2), com a novidade Diogo Gonçalves a formar o quarteto defensivo juntamente com Otamendi, Vertonghen e Nuno Tavares. Jesus lançou ainda Pedrinho, que não justificou a titularidade, e Gonçalo Ramos a pouco mais de 10′ do fim. A turma vermelha e branca não deslumbrou perante um conjunto fragilizado, mas esteve defensivamente bem. Contudo, continua a verificar-se o consentimento de muito espaço nas costas dos médios, o que poderá ser perigoso frente a equipas de outra valia.
AUTORIA
Apaixonado pelo futebol desde que se conhece, André adora uma boa discussão futebolística. Acompanha ainda wrestling, particularmente a WWE e a AEW. Refugia-se na escrita, sonhando ser jornalista desportivo e procurando acrescentar algo mais a esta área.