A primeira-ministra britânica, Theresa May, pode estar de saída do Governo. De acordo com a edição deste domingo do jornal britânico Sunday Times, a líder conservadora “esteve à mercê de um golpe de gabinete ontem à noite”. Sabe-se que são 11 os ministros que desejam a renúncia de May à liderança do país.

O Sunday Times afirma ainda que, numa série de telefonemas privados, houve consenso entre os ministros ao considerarem Theresa May uma figura “errática”. Defenderam também que a atual líder do Reino Unido deve anunciar o fim da sua liderança do país.

De acordo com o jornal, os ministros pretendem confrontar a primeira-ministra na segunda-feira e, caso esta recuse afastar-se, vão ameaçar despedir-se.

Algumas fontes da imprensa britânica são mais cautelosas e falam num prazo de dez dias para a saída da governante.

A estratégia passará por substituir May por um ministro de “gestão”, até ser escolhido um novo líder dentro de alguns meses. O nome que está a ser avançado por várias publicações é o de David Lindington. Outro nome que dizem poder reunir consenso para esta função é Michael Gove.

Membros influentes do Partido Conservador confirmaram à BBC que uma eventual renúncia de May pode dar margem a que os deputados conservadores aprovem o acordo que negociou com a União Europeia para a saída do Reino Unido do bloco, ainda que de forma “relutante”.

A líder britânica regressou a Londres – após o Conselho Europeu de quinta e sexta-feira – com a oferta de uma extensão do prazo para o “Brexit”, que estava previsto para 29 de março, em duas modalidades: se o acordo de saída for aprovado, a saída concretiza-se a 22 de maio. Caso o acordo volte a ser chumbado, o Reino Unido terá de apresentar um novo plano à União Europeia até 12 de abril.

Fotografia “thumbnail”: Fonte- Matt Dunham / REUTERS

Artigo revisto por Mariana Coelho