Cá e lá, grandes treinadores estão sem clube
Grandes treinadores portugueses e estrangeiros encontram-se desempregados e cresce a especulação em torno do futuro de alguns deles.
Pedro Caixinha
Depois de ter sido adjunto de José Peseiro, Pedro Caixinha passou no estrangeiro grande parte da sua carreira enquanto treinador principal. Os projetos mais duradouros que encabeçou foram no México – primeiro no Santos Laguna, de janeiro de 2013 a agosto de 2015, e, mais recentemente, no Cruz Azul, de dezembro de 2017 a setembro de 2019. Foi campeão mexicano no Santos Laguna e conquistou a taça local nas duas equipas. Em setembro deste ano, altura em que Marcel Keizer foi despedido do Sporting, Caixinha chegou a ser apontado ao lugar do holandês, mas a opção acabou por recair sobre Silas.
Marco Silva
A carreira de Marco Silva teve uma ascensão meteórica. Apurou o Estoril para a Liga Europa depois de ter sido campeão da II Liga uma época antes. Conquistou no Sporting a Taça de Portugal e no Olympiacos a liga grega. A notoriedade que ganhou permitiu-lhe chegar à Premier League, onde o principal projeto que abraçou – o do Everton – chegou ao fim este mês, após um período conturbado de uma época e meia, no qual o forte investimento no reforço do plantel não trouxe resultados positivos. O futuro do treinador ainda é uma incógnita.
José Peseiro
Peseiro já treinou os três grandes clubes portugueses mais o Sporting de Braga. Tem uma longa carreira também no estrangeiro, nomeadamente no Médio Oriente. A sua última experiência foi uma segunda passagem pelo Sporting. Sousa Cintra confiou em Peseiro para liderar a equipa na época passada, mas a chegada de Frederico Varandas à presidência do clube precipitou a saída do técnico. Em outubro, foi apontado ao comando do Internacional de Porto Alegre, mas o clube brasileiro preferiu Zé Ricardo.
Miguel Cardoso
Na temporada de 2017-2018, o Rio Ave de Miguel Cardoso alcançou o quinto lugar do campeonato. Abriram-se as portas do estrangeiro ao treinador português, mas as experiências no Nantes, no Celta e no AEK foram de muito curta duração. Na sequência desses insucessos consecutivos, a questão é perceber se a porta desses campeonatos continua aberta, ou se a boa imagem que Miguel Cardoso deixou no Rio Ave ficou abalada.
Pedro Emanuel
Pedro Emanuel conquistou em maio a Taça da Arábia Saudita, ao serviço do Al Taawon. Abraçou no início desta temporada o projeto ambicioso do Almería, financiado por um investidor saudita. No início de novembro, apesar de o Almería seguir em segundo lugar no segundo escalão do futebol espanhol, Pedro Emanuel foi despedido, depois de uma série de maus resultados. Desde então, não se conhece nenhuma negociação com outro clube.
Mauricio Pochettino
Ao fim de cinco épocas e meia, Pochettino foi afastado, em novembro, do comando técnico do Tottenham. O técnico argentino consolidou a posição dos spurs como um dos grandes clubes ingleses, com sucessivos apuramentos para a Liga dos Campeões e com a presença na final da mesma prova na temporada transata. O seu nome já foi associado ao Bayern de Munique e ao Manchester United.
Massimiliano Allegri
O percurso de 5 anos de Allegri na Juventus foi recheado de títulos a nível interno, mas a circunstância de não ter conquistado nenhuma Liga dos Campeões ditou um fim de ciclo. Dado o palmarés que o italiano acumulou no seu país, é natural que assuma um grande projeto num grande clube europeu. Já afirmou, contudo, que só aceita voltar ao ativo no início da próxima época.
Niko Kovac
Kovac venceu, em 2018, a Taça da Alemanha ao serviço do Eintracht, e essa campanha abriu-lhe as portas do grande colosso alemão, o Bayern de Munique, onde fez a dobradinha no ano passado. Saiu em novembro do clube da Baviera e está agora a ser apontado ao Everton, depois de ter sido visto em Goodison Park no encontro da passada jornada da Premier League, no qual os toffees derrotaram o Chelsea por 3-1.
Unai Emery
Unai Emery ganhou por três vezes consecutivas a Liga Europa no Sevilha. No PSG ganhou tudo menos a Liga dos Campeões. Chegou ao Arsenal para melhorar os resultados que os gunners tinham registado nas últimas temporadas de Wenger no clube. Não conseguiu esse objetivo e acabou por ser despedido em novembro, ao cabo de uma temporada e meia no Emirates. O seu nome está a ser associado ao Everton, tal como o nome de Kovac.
Marcelino García Toral
Foi em maio deste ano que Marcelino levou o Valência à conquista da Taça de Espanha, após um jejum de 11 anos. Em setembro saiu, na sequência de divergências com a estrutura do clube. Na altura afirmou que pretendia fazer um ano sabático, mas sabe-se que está neste momento em Londres a negociar com o Arsenal.
Artigo revisto por Rita Serra
AUTORIA
É amante do futebol e da paixão pelo desporto desde muito cedo. Tem enorme brio naquilo que faz, no conhecimento que procura sobre esta área. Sonha ser jornalista desportivo e marcar pela diferença, por trazer o futebol jogado para a discussão.