Caminhos, o novo EP de Carl Karlsson
Dia 25 de abril, além de ter sido dia de comemorações, foi dia do lançamento do segundo curta-duração de Carl Karlsson.
O nome “Carl Karlsson” já nos é familiar: é vocalista e teclista dos Zanibar Aliens e integra a banda do seu irmão, Filipe Karlsson, enquanto teclista. Lançou-se em nome próprio com a faixa Life Is Music, em 2022, e desde então nunca parou. Conta com trabalhos que vão desde o bossa-nova ao house, que alternam entre o português e o inglês, e inclui colaborações – como a faixa Maze, com o seu amigo e artista Kyle Quest.
Agora, o artista da Bela Vista Records publica Caminhos, um EP composto por sete faixas que viaja entre o pop e o jazz fusion.
É entre essa variedade de melodias que Carl explora temas como o amor, o medo, a fragilidade e confronto com o passado – sentimentos intensos que ganham uma leveza quando postos em batidas que pedem uma pista de dança.
No dia 17 de maio subiu ao palco do Musicbox, em Lisboa, onde apresentou o EP em conjunto com a sua banda, composta por Kyle Quest (baterista), Martim Seabra (baixista) e Ricardo Pereira, mais conhecido por Velhote do Carmo, (guitarrista).
De modo a ficarmos a saber um pouco mais sobre o Caminhos, a ESCS Magazine teve a oportunidade de colocar algumas perguntas ao artista:
Henrique Ferreira (HF): Quando começou o processo de criação do EP?
Carl Karlsson (CK): O processo de criação começou há mais ou menos um ano, quase dois. Tenho algumas músicas mais recentes e outras que já foram criadas há mais tempo.
HF: São temas muito íntimos que trazes para as letras do EP. O peso desse tom pessoal refletiu-se no trabalho em estúdio? Ou seja, para preservar o tom pessoal, sentiste a necessidade de estar sozinho em estúdio?
CK: Foi um trabalho maioritariamente a solo, no geral. A maior parte da letra foi escrita por mim em momentos em que me sentia mais inspirado no estúdio, mas tive alguma ajuda do meu amigo Alexandre Guerreiro – mais conhecido pela banda dele, Hércules – para escrever as letras, e do meu irmão Filipe para gravar umas guitarras.
HF: Já partilhaste em posts referências aos CASIOPEA e, ouvindo o projeto, nota-se essa influência. De que forma bandas e artistas como eles “agem” na criação das tuas músicas?
CK: Bandas como CASIOPEA são das minhas fontes principais de inspiração porque têm aquele Groove que eu quero tentar replicar nos meus sons. Não fazer igual, mas tentar capturar a essência deles na minha música. Sou grande fã de música japonesa, nomeadamente o jazz fusion e city pop do Japão.
HF: Como foi levares este EP ao palco do Musicbox?
CK: Levar este EP ao Musicbox foi incrível. Ao tocar os meus sons num formato ao vivo, criamos uma perspetiva e uma sonoridade diferente das versões de estúdio, que acaba por surpreender o público que conhece a minha música!
Conversa em maio de 2025
Caminhos, assim como o resto da discografia de Carl Karlsson, pode ser ouvido em todas as plataformas digitais.
Fonte da Capa: Catarina Santos, headLiner Portugal
Artigo revisto por Beatriz Mendonça
AUTORIA
O Henrique tem 20 anos, é Editor de Música e está no segundo ano da licenciatura de Audiovisual e Multimédia, aqui na ESCS. Foi através da ESCS Magazine que soltou cá para fora o seu gosto pela escrita, onde chegou a escrever para a editoria de Cinema e Televisão - da qual, entretanto, saiu de cena - e atualmente explora sobretudo o panorama da música nacional, procurando incentivar os leitores a explorarem os artistas portugueses.