Crescimento do PIB surpreende analistas, mas não Centeno
Em julho, agosto e setembro, o Produto Interno Bruto cresceu 0,8 % em termos reais, e 1,6 % em relação à mesma altura no ano passado, afirmou o Instituto Nacional de Estatística.
“O crescimento mais intenso do PIB refletiu principalmente o aumento do contributo da procura externa líquida, verificando-se uma aceleração mais expressiva das exportações de bens e serviços”, informou o gabinete de estatísticas, comparando-as com as importações de bens e serviços.
Deve-se também este crescimento à forma positiva como o contributo da procura externa líquida refletiu o desenvolvimento das exportações, tal como dos bens e serviços.
Contactados pela agência Lusa, vários analistas foram surpreendidos pela positiva por estes valores, acrescentando que estimavam aumentos de 0,3 % em cadeia e 1,1% em modos reais, justificando-se com uma quebra na procura interna.
Estes dados não surpreendem o ministro das finanças, Mário Centeno, que afirma que “os indicadores de confiança, coincidentes e avançados de várias instituições já faziam prever uma aceleração da atividade económica”.
Este resultado, o melhor dos últimos três anos, ocorre dentro de um cenário de estabilização na zona euro na qual Portugal foi a economia que mais cresceu durante este terceiro trimestre, de acordo com os dados publicados pelo Eurostat, o gabinete oficial de estatísticas da União Europeia.
Embora o governo projete uma ascensão de 1,2% até ao final do ano, a Comissão Europeia e o Fundo Monetário Internacional possuem visões mais pessimistas, prevendo um crescimento de 0,9%.