Dia Mundial da Liberdade de Imprensa: o Direito à Diferença
O Dia Mundial da Liberdade de Imprensa comemora-se este domingo, num ano que, segundo o Sindicato de Jornalistas, fica marcado por um declínio global na garantia do exercício livre do direito e dever de informar.
No documento, que é assinado também pela Associação Portuguesa de Imprensa (API), as duas organizações citam o relatório anual da organização de defesa de direitos humanos, Freedom House, que concluiu que, em 2014, a liberdade de imprensa registou os piores resultados da última década. Este relatório refere também que, dos 199 países avaliados em 2014, 32% foram classificados como sendo livres, 36% parcialmente livres e os restantes não livres.
Apesar de a Europa ser a região do mundo que obteve melhores resultados, foi também a que apresentou o pior declínio dos últimos dez anos no que diz respeito à liberdade de imprensa: Portugal aparece no 25.º lugar da tabela.
O lema das comemorações do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, que se assinala desde 1993, é o direito à diferença. O objetivo é chamar a atenção de jornalistas para a importância de preservarem a liberdade de imprensa no exercício das suas profissões, mas também dos cidadãos, no que toca às violações e ameaças à liberdade de imprensa.
Assim, o Sindicato de Jornalistas e a Associação Portuguesa de Imprensa associam-se ao Dia da Diferença, organizado pela Plataforma de Bruxelas para o Jornalismo. Outras associações, como a Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) e a Associação Mundial de Jornais (WAN-IFRA), vão também juntar-se a esta causa.
O Sindicato dos Jornalistas chama também a atenção para a necessidade de dar importância à igualdade de tratamento e de oportunidades entre homens e mulheres jornalistas, nomeadamente no que respeita aos cargos de chefia e de responsabilidade, uma vez que há cada vez mais mulheres exercem a profissão em Portugal.
Alguns dos temas para o debate em Bruxelas partem de questões como “Quão perigoso é o jornalismo?” e “Pode o jornalismo de investigação mudar o mundo?”.
“Deixem o Jornalismo prosperar! Rumo a uma melhor comunicação, à igualdade de género e à segurança mediática na era digital” é o lema da mensagem deste ano das Nações Unidas para o Dia da Diferença.
Associação Mundial de Jornais lança, este domingo, o sítio softcensorship, uma conta no Twitter e a campanha #SoftCensorship, de modo a criarem uma plataforma de intervenção pela liberdade de imprensa.
AUTORIA
Tem uma enorme paixão por livros e um dos seus maiores sonhos é dar a volta ao mundo. Quis mandar a Ciência para trás das costas e dedicar-se ao Jornalismo, porém ainda anda à descoberta daquilo que quer fazer “quando for grande”.