Dignidade e respeito
No próximo domingo, dia 25 de outubro, Benfica e Sporting defrontam-se num encontro relativo à oitava jornada da Liga NOS. O ambiente fora das quatro linhas já era escaldante o suficiente (o regresso de Jorge Jesus à Luz); no entanto, ambos os clubes têm tratado de o tornar ainda mais apimentado.
A maioria aprecia discutir sobre quem começou toda esta confusão, não se apercebendo de que só está a contribuir para que tal clima se agrave ainda mais. Contudo, pouco importa quem começou tudo isto, porque, na verdade, quem pode acabar por sofrer as mais diretas consequências são os adeptos e, em último caso, o futebol. Eu, como muitos, certamente, optei por não me deslocar ao Estádio da Luz no próximo domingo, precisamente devido a este clima de guerrilha que se vive no futebol português.
Como o título do artigo indica, dignidade e respeito é tudo aquilo que peço aos dirigentes de ambas as instituições. Se Bruno de Carvalho deve moderar o seu estilo? Sem dúvida. Se Luís Filipe Vieira deve acalmar as tropas e pedir moderação nos comentários que fazem? Obviamente. A verdade é que o adepto mais fervoroso pode ser levado, nestas circunstâncias, a tomar certas e determinadas atitudes que podem porventura colocar em causa a segurança de uma família que queira apenas assistir “em paz” a um jogo de futebol.
Posto isto, espero que o derby do próximo domingo decorra dentro da normalidade. Uma nota para as autoridades policiais, que não têm, de todo, uma tarefa fácil, para que se comportem à altura dos acontecimentos e para que as tristes cenas de Guimarães não voltem a acontecer.
Acima de tudo, e acreditem que sou um apaixonado pelo futebol, trata-se apenas e só disso: um jogo de futebol.
O Duarte Silva escreve ao abrigo do novo acordo ortográfico.