Ex-presidente do INEM em prisão preventiva
Luís Cunha Ribeiro vai permanecer em prisão preventiva no âmbito da operação “O negativo”.
O antigo presidente do INEM recebeu, este sábado, a medida de coação máxima.
Cunha Ribeiro foi detido na passada terça feira e é suspeito de corrupção passiva, branqueamento de capitais e recebimento indevido num esquema que envolve a farmacêutica Octapharma, que detém o monopólio no fornecimento de plasma sanguíneo nos hospitais públicos portugueses.
A operação de detenção dos vários suspeitos está a ser conduzida pela Unidade de Combate à Corrupção da Polícia Judiciária (PJ) e pelo Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa (DIAP).
“O negativo”
O ex-presidente da Administração Regional de Saúde de Lisboa e do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) foi ouvido no Campus da Justiça no domínio da operação “O Negativo”.
Relembre-se que, no dia 14 de dezembro, Lanlanda de Castro, um dos principais suspeitos desta investigação, apresentou a demissão da presidência da Octapharma e no dia seguinte foi detido na Alemanha.
A Procuradoria Geral da República (PGR) enviou na passada terça feira uma nota onde explicou a razão e conteúdo do inquérito:
“No inquérito investigam-se suspeitas de obtenção, por parte de uma empresa de produtos farmacêuticos, de uma posição de monopólio no fornecimento de plasma humano inativado e de uma posição de domínio no fornecimento de hemoderivados a diversas instituições e serviços que integram o Serviço Nacional de Saúde (SNS)”
Acrescentou ainda que “um representante da referida empresa de produtos farmacêuticos e um funcionário com relevantes funções no âmbito de procedimentos concursais públicos nesta área da saúde terão acordado entre si que este último utilizaria as suas funções e influência para beneficiar indevidamente a empresa do primeiro”, num esquema que decorreu durante 16 anos (1999-2015).