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Faleceu Jacques Chirac

A notícia foi comunicada pelo genro de Jacques Chirac, Frédéric Salat-Baroux, e publicada pelo jornal “Le Figaro’’. Chirac tinha sofrido um derrame em 2005 e, desde então, era hospitalizado com frequência. Faleceu esta manhã, com 86 anos, rodeado de familiares, num ambiente calmo.

Foi uma importante figura da direita francesa. Após a notícia se tornar pública, a Assembleia Nacional e o Senado francês realizaram um minuto de silêncio.

Jacques Chirac teve uma longa e importante carreira política na Europa, onde duas vezes foi Presidente; também duas vezes teve o cargo de primeiro-ministro. Foi ainda presidente da câmara de Paris durante 18 anos.

Uma das suas principais marcas políticas foi a de ter liderado uma forte oposição francesa face à invasão do Iraque por parte dos EUA, em 2003. Desta forte oposição fica a sua célebre citação: “A guerra é sempre o último recurso. É sempre uma prova de falhanço. É sempre a pior das soluções, porque traz morte e miséria”, como relembra o ‘’The Guardian’’.

Internacionalmente, já começaram a surgir reacções à morte do antigo chefe do executivo francês, como a de Jean-Claude Juncker, presidente da Comissão Europeia, que desabafou, dizendo que “o seu compromisso para com a França e a União Europeia permanecerá connosco para sempre”.

O presidente do Parlamento Europeu, David Sassoli, recordou Chirac como sendo uma pessoa que “sempre defendeu a paz e a democracia, os valores fundamentais da Europa”.

Mesmo sendo contra a União Europeia, outrora tão importante para Chirac, também o primeiro-ministro britânico teve umas palavras de condolências a dizer. Afirmou que Chirac “foi um líder político formidável que moldou o destino do seu país” e que “a sua perda será sentida por toda a França, durante gerações”.

O Presidente da República portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa, enalteceu o carinho com que Chirac sempre tratou a comunidade portuguesa residente em França, e mandou as suas condolências ao país pela perda do seu antigo chefe de Estado.

Artigo corrigido por Ana Cardoso