Juan Guaidó alerta para a crise humanitária venezuelana e uma possível intervenção militar
Juan Guaidó alerta para a crise humanitária venezuelana e uma possível intervenção militaJuan Guaidó admitiu usar os seus poderes legais para autorizar, se necessário, uma intervenção militar dos Estados Unidos. O autoproclamado Presidente da República interino da Venezuela afirmou estar a fazer tudo para garantir a segurança das comunidades estrangeiras e dos venezuelanos em perigo.
O Presidente interino da Venezuela garantiu, esta sexta feira, que pode usar os seus poderes legais para permitir uma intervenção militar dos EUA. “Nós faremos o que for necessário. Essa é, evidentemente, uma questão polémica, mas fazendo uso da nossa soberania, do exercício das nossas prerrogativas, faremos o que for necessário”, admitiu Guaidó, numa entrevista à France Presse. Esta possível intervenção militar teria como objetivo derrubar o regime de Maduro e acabar com a crise humanitária na Venezuela.
A situação do país é crítica e garantir a segurança das comunidades estrangeiras e dos venezuelanos é o objetivo principal, segundo o Presidente interino. Em entrevista à RTP, também esta sexta-feira, Juan Guaidó afirmou que “Caracas é hoje a capital mais violenta do mundo”. As comunidades indígenas também preocupam Juan Guaidó. Aborígenes e indígenas no Sul são massacrados para integrar grupos terroristas e o Exército de Libertação Nacional, explicou o Presidente interino.
Nicolás Maduro afirmou esta semana que não vai convocar eleições antecipadas. Considera que de nada serve, porque a oposição está mais interessada em fazer um golpe de Estado. Guaidó garante que quer eleições livres. “Primeiro do que tudo, é preciso acabar com a usurpação do poder e a ditadura, depois é preciso permitir a inscrição de novos eleitores e garantir o funcionamento das instituições para que a democracia possa ser exercida”, explicou Juan Guaidó. Não diz se poderá ser um candidato a eleições livres futuras. Segundo o próprio, o foco agora é a crise humanitária que se vive na Venezuela.
Juan Guaidó, presidente da Assembleia Nacional, autoproclamou-se Presidente da República interino a 23 de janeiro. Os Estados Unidos e a maioria dos países da União Europeia apoiam Guaidó e defendem eleições livres e transparentes. A crise política, social e económica na Venezuela já levou 2,5 milhões de pessoas a sair do país, segundo a ONU.