Marketing Journeys, dos maiores eventos do meio realizado por alunos
As Marketing Journeys estão quase aí. O evento organizado há quatro anos pelo NAMI, Núcleo de Alunos de Marketing do ISCTE-IUL, vai decorrer nos dias 8 e 9 de abril. A edição deste ano conta com convidados ligados à área do marketing emocional. A ESCS MAGAZINE esteve à conversa com a project manager, Marta Inácio.
ESCS MAGAZINE (EM): Como project manager, quais são as principais dificuldades em gerir um evento destes?
Marta Inácio (MI):Eu acho que não há muitas dificuldades. Acho que tem de haver muito esforço da nossa parte, porque, o facto de sermos alunos, o que costuma acontecer é que as marcas muitas vezes não nos olham com a mesma seriedade e demoram mais tempo a responder. Ainda por cima nós estamos sempre dependentes de outros, porque organizamos um evento que requer um apoio de outras entidades – requer a confirmação de speakers, empresas e até mesmo para os próprios coffe breaks. Uma ajuda que temos agora é a notoriedade do nosso evento.
EM: A adesão tem vindo a aumentar de ano para ano. Qual o segredo para conseguirem uma abrangência tão grande a nível de público?
MI: É um bocadinho também esforço da nossa parte, porque nós tentamos sempre assegurar que venham universidades de fora – não queremos limitar o nosso evento a estudantes do ISCTE. Procuramos assim sempre contactar novas universidades todos os anos. Para além disso, também temos muito trabalho a nível da área de Lisboa para que todos os estudantes saibam que o evento existe, principalmente na área de gestão e de marketing.
EM: Ou seja, também as parcerias com outras universidade acabam por ajudar muito, não é?
MI: Sim, ajudam imenso porque é uma maneira mais fácil de chegar ao nosso público alvo, mas noutros espaços. O facto de termos outros núcleos e outras universidades a partilhar o nosso evento ajuda imenso.
EM: Sentes que este evento ajuda à integração dos jovens no mercado de trabalho?
MI: Eu acho que ajuda e depois contam com um fator extra que é terem speakers que contam a sua história dentro das empresas. Os alunos acabam por ficar mais esclarecidos sobre o que a empresa faz e como trabalhar nessa área. Os speakers vêm falar diretamente do tema. O facto de conhecerem a sua carreira e o seu progresso acaba por dar uma confiança aos alunos ao pensarem que é possível chegar onde essas pessoas chegaram. Acaba por ser incrível, porque se eu souber aquilo que quero, acabo por esclarecer a minha própria dúvida dentro do evento e também agora com os speed meetings (os nossos estudantes podem conhecer os nossos convidados).
EM: O que tem mudado de edição para edição desde 2015 (data de começo)?
MI: O evento originalmente começou por ser só uma tarde e a partir daí começou a aumentar – passou de uma tarde para um dia e depois, entretanto, passou de um dia para dois dias. De ano para ano, dependendo muito do tema, o que costuma acontecer é que tudo o que acontece dentro do próprio evento acaba por ser à volta de um tema e todos os anos acabamos por querer acrescentar alguma coisa. Começou por ser um evento muito simples e, agora, acrescentámos as speed meetings e também conseguimos aumentar o nosso coffee break. A maior aposta que estamos a fazer este ano é contar com muitos espaços de ativação de marca, junto do grande auditório e até mesmo no exterior.
EM: O ISCTE tem apoiado o evento a nível financeiro?
MI: Contamos sempre com a ajuda do ISCTE no sentido em que eles nos cedem sempre os espaços todos. Mostram-se sempre disponíveis e o próprio ISCTE promove muito o que são atividades de núcleos e de estudantes. A nível financeiro, é uma coisa mais da nossa obrigação. Tentamos ser sempre nós de forma independente a financiar o evento. A nível de participação de estudantes, o ISCTE adora as Marketing Journeys; já é um evento com alguma notoriedade, dentro do próprio ISCTE, mas também dentro da própria business school.
EM: Qual é o tema específico e os convidados desta edição?
MI: Este ano o tema é o marketing emocional. Nós escolhemos este tema, porque o nosso principal foco este ano é a experiência do evento. Nós queríamos ter uma área que nos ajudasse nesta parte. É um tema que acaba por ir muito ao encontro do que se questiona hoje em dia; ou seja, o que as marcas querem fazer para se aproximar do consumidor e como as marcas se querem ligar ao lado emocional do consumidor para que o consumidor se “conecte” e escolha a sua marca face a outras que existem no mercado. A nível de convidados, pretendemos criar um painel um bocadinho diferente do habitual: no primeiro dia, quisemos criar um cartaz mais ligado à própria comunicação, às marcas que comunicam e que as identificamos pela sua comunicação- também nas redes sociais-; no segundo dia, focámo-nos em marcas que se destacam pelo próprio simbolismo que elas têm.
EM: Para além das Marketing Journeys, quais são os eventos e iniciativas que o NAMI – Núcleo de Alunos de Marketing do ISCTE – desenvolve para o bem dos seus membros?
MI: É uma ótima pergunta, porque uma das coisas que as pessoas pensam é que nos focamos só nas Marketing Journeys e acaba por não ser isso. O NAMI é um núcleo já com uns aninhos e nós tentamos sempre ter algumas áreas de foco. Tanto que temos três departamentos diferentes: o departamento de projetos recriativos; o departamento de projetos académicos; e o departamento de comunicação. Temos focos diferentes em cada departamento. No departamento de projetos académicos, tentamos sempre fazer as visitas de estudo para os nossos próprios alunos e ainda fazemos alguns concursos e também temos um programa de estágios dentro do próprio núcleo. O departamento de projetos recreativos organiza os jantares de curso, os torneios de futebol e outros desportos. Por fim, o departamento de comunicação acaba por estar responsável por toda a comunicação que sai nas redes sociais e por todas a rubricas que estão nas redes sociais.
Fotografia “thumbnail” cedida pelo NAMI- Núcleo de Alunos de Marketing do ISCTE-IUL
Artigo revisto por: Rita Asseiceiro