Artes Visuais e Performativas

Museu do Fado

Foi fantástico, após dois anos de pandemia, poder voltar a visitar um museu e ver as diferentes expressões faciais das pessoas ao aprenderem novas informações e ao explorarem o espaço, foi quase como se as barreiras à proximidade e à socialização que a covid ergueu lentamente se fossem dissipando.

O Museu do Fado, situado em Santa Apolónia, abriu as portas ao público a 25 de Setembro de 1998 para descrever a história do fado e das suas personalidades.

O fado são “momentos de comunhão entre quem canta e ouve”.

Fado: de marginal a património

O fado nasceu na Lisboa oitocentista, cantado nas ruas, vielas, casas de meia porta pelas fações mais humildes da sociedade. Este foi inicialmente marginalizado até ser aceite pela aristocracia. “Porque não prendem todos os fadistas?” (1878), surge a questão numa das paredes do museu, devo dizer que passei uns bons minutos a refletir sobre as mudanças e evoluções necessárias na sociedade, para que hoje em dia o Fado seja reconhecido como património nacional.

O fado canta a nossa vida, canta o quotidiano das pessoas, canta a alegria e a tristeza, canta a saudade do que nunca se teve e do que se teve, mas já não se têm. Se calhar, por cantar a saudade, palavra tão única para nós português, fortalece a ligação que sentimos ao estilo musical.

Espaços do Museu

O museu é simples e acolhedor, não se sobrepondo ao estilo musical, mas sim completando-o, para que este possa brilhar mais intensamente. 

Existem vários espaços com instrumentos, principalmente guitarras portuguesas e quadros relacionados com a temática, de entre todos, destaco um que gostei  particularmente por permitir aos visitantes escutar de um grande repertório de fadistas uma canção de cada. 

Figuras do Fado Português

A magia do Museu está em dar a conhecer ao público figuras menos conhecidas do fado português que contribuíram de alguma forma para este estilo musical, são exemplos:

  • João Braga
  • Argentina Santos 
  • Fernando Maurício 

Sem música a vida seria um erro

Friedrich Nietzsche

Fonte da capa: Luzeiros suites

Artigo revisto por Mariana Saião

AUTORIA

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Sempre tive interesse por tudo o que esteja relacionado com arte, já que arte é vida e vida é arte. Decidi desafiar os meus conhecimentos e aventurar-me na ESCS Magazine para passar informação e conteúdos dinâmicos.