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O escsiano campeão mundial de judo paralímpico

Miguel Vieira, aluno da Escola Superior de Comunicação Social, foi o primeiro judoca português cego a participar nos jogos paralímpicos, e sagrou-se campeão europeu e internacional.

O atleta de judo nascido em Angola não nasceu cego e a realidade é que conseguiu ver até aos 20 anos. Contudo, após uma mera sesta, acordou sem ver nada e seguiu para o hospital, onde acabou por ficar internado cerca de nove meses.

Nunca teve quaisquer sinais que apontassem cegueira: usava óculos, mas nada mais. Mudou-se para Portugal devido ao seu problema de saúde, onde lhe disseram que já deveria ter nascido cego – ninguém consegue perceber como teve a sorte de ver até aos 20 anos. “É algo que só a ciência poderá responder… Nós não conseguimos, por vezes, entender o mistério de Deus. Às vezes, há coisas que só Deus pode responder“, afirma Miguel.

Começou a praticar judo com cerca de 14 anos, no entanto parou devido à cegueira, ficando de 2005 a 2011 sem ter qualquer ligação a este desporto, enquanto trabalhava e estudava ao mesmo tempo.

No ano de 2011 foi-lhe negado o acesso ao ensino superior e foi quando procurou um clube para saber mais sobre o judo para cegos, mas apenas com o objetivo de manutenção física. Desde aí, encontra-se no clube Judo Total com o seu treinador e atual selecionador, Mestre Jerónimo Ferreira.

Fonte: Jogada do mês

Foi o primeiro judoca português a participar nos Jogos Paralímpicos, tendo sido o primeiro a medalhar, tanto no campeonato da Europa como nos Jogos Mundiais da Associação Internacional de Desportos para Cegos em 2023. Assume que foi complicado, mas diz que tudo é possível a partir do momento em que acreditamos em nós mesmos. Miguel adora desafios e diz que são eles que fazem dele um campeão. Atingir duas vitórias aos 38 anos é “dose” e o campeão diz que isto só aconteceu devido ao seu gosto pelo trabalho.

Em setembro de 2023, Miguel tornou-se embaixador da supracitada sociedade, desejando influenciar as pessoas positivamente ao dar o seu testemunho. Conhece dois mundos, o dos invisuais e o dos visuais, passou por vários momentos de frustração e chegou a tentar acabar com a sua própria vida. “Mas há sempre uma luz que me deu esperança e que me fez pensar que vale a pena viver como sou. O facto de cegar não quer dizer tudo ficou por aí.”, afirma.

Fonte: Record

Desde que vive em Portugal, além de se ter tornado campeão mundial de judo, trabalha na Santa Casa da Misericórdia, teve três filhos e licenciou-se em Relações Públicas e Comunicação Social na ESCS, que também foi a sua casa.

Fonte da capa: Notícias ao minuto

Artigo revisto por Liliana Braz

AUTORIA

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A Ainoa desde pequena viveu muito perto do desporto, apesar de não ser muito amiga para o praticar, sempre adorou tudo o resto que tem a ver com o assunto! É aluna do segundo ano da licenciatura de Relações Públicas e Comunicação Empresarial mas sempre teve um bichinho pelo jornalismo desportivo, mais precisamente pelo futebol. Viu na ESCS Magazine uma oportunidade para experimentar a sua veia jornalística. A Ainoa é aquela pessoa que não sabe dizer que não a desafios e gosta de fazer demasiada coisa ao mesmo tempo, nada melhor acrescentar a Magazine à sua to do list ;).