O Jogo da Imitação, o homem por detrás da vitória
“O Jogo da Imitação” é o filme biográfico de Alan Turing, interpretado por Benedict Cumberbatch, em que o ator dá vida ao matemático que, durante a Segunda Guerra Mundial, decifrou a máquina alemã de encriptação de mensagens que servia como um obstáculo intransponível à vitória dos Aliados.
Turing junta-se a uma equipa de peritos para tentar compreender a indecifrável máquina alemã. Só que estes rapidamente o excluem, devido à sua personalidade. Mas a investigação só tem progressos após a chegada de Joan Clarke, interpretada por Keira Knightley, ao mesmo tempo em que esta consegue unir e captar o empenho da equipa.
Contudo este não é apenas mais um filme sobre a Segunda Guerra Mundial, mas sim sobre o trabalho de backstage que permitiu que a guerra terminasse da forma como todos conhecemos, com o foco na figura de Turing. Ao mesmo tempo em que o empenho na investigação vai evoluindo, juntamente com o desespero em salvar vidas, conhecemos detalhes da sua vida.
Para dar vida a este homem invulgar, surge a grande força deste filme que é, sem dúvida, Benedict Cumberbatch, cuja interpretação consegue cativar e comover o espectador ao longo da trama, levando-o a sentir-se empolgado pelo desenvolvimento do trabalho, mas ao mesmo tempo a emocionar-se com esta figura.
Já a personagem de Keira Knightley surge como a consciência de Turing, apoiando-o tanto no trabalho como na sua vida pessoal. Knightley tem uma interpretação refrescante que traz à trama uma jovialidade e frescura muito próprias da actriz.
Este é um filme em que percebemos que, por vezes, aqueles que são incompreendidos e diferentes são tão válidos como qualquer outra pessoa, e que, tal como Alan Turing, podem ser uma fonte inesgotável de genialidade e inovação conseguindo mesmo, através da sua mente, salvar um grande número de pessoas e diminuir a duração da guerra.
Contudo Turing terminou esquecido e humilhado, sem qualquer tipo de reconhecimento pelas suas acções. Este filme é talvez a maior homenagem que lhe tenha sido feita, recordando as suas acções e a sua genialidade.
AUTORIA
Jaime Lourenço nasceu em 1993 e estuda Jornalismo. Desde muito cedo que adquiriu o gosto pela escrita e pelo universo do jornalismo. Aos 12 anos publicou o seu primeiro artigo no jornal Gazeta Escolar e passou a exercer funções no mesmo jornal. A partir daí o seu gosto pelo mundo dos media foi crescendo bem como a sua capacidade criativa e de redacção. É licenciado em Relações Públicas e Comunicação Empresarial pela Escola Superior de Comunicação Social. Actualmente além de estar a frequentar o Mestrado de Jornalismo na Escola Superior de Comunicação Social, é apresentador do programa de televisão E2 e tem participado em vários projectos e formações profissionais relacionadas com os Media. Em Maio de 2014 publicou o primeiro livro da sua autoria.