Os 10 melhores filmes portugueses
Ao longo dos anos, o cinema português tem vindo a ser desvalorizado, criticado ou até mesmo ignorado. Para te mostrar como isso é errado, trouxemos aqueles que são os melhores filmes do cinema português.
A mãe é que sabe
Um retrato da típica família portuguesa e uma lição a não esquecer. “A mãe é que sabe” aposta numa comédia familiar, que nos transporta para o Portugal dos anos 70 e nos diverte com cenários que nos são tão familiares. Aquilo que começou como um característico almoço de aniversário acabou sendo uma reflexão sobre a influência que a mãe de Ana Luísa teve em toda a sua vida, condicionando completamente o seu caminho. Mas e se Ana Luísa pudesse voltar atrás no tempo e mudar o rumo da sua vida? Esta é uma comédia emocionante com uma crónica de costumes de Nuno Rocha à mistura, que conta com nomes conhecidos como Maria João Abreu, Dalila Carmo, entre outros.
Cartas de guerra
Esta é uma histórica verídica que nos mostra os horrores da guerra colonial portuguesa. Enquanto isto, são-nos relatadas belíssimas cartas de amor que António Lobo Antunes escreveu à sua amada durante os tempos que esteve em combate. Tudo começa no ano de 1971, quando António é recrutado como médico pelo exército para servir em Angola. Sem outra forma de contactar a sua amada, António começa a escrever cartas onde descreve as suas saudades e as suas angústias. É através delas que entendemos a dor e a solidão que atravessa estes soldados que combatiam uma guerra que não era deles. Um drama inspirado no livro “D’Este Viver Aqui Neste Papel Descripto: Cartas da Guerra” e realizado por Ivo M. Ferreira.
Pátio das cantigas
“Pátio das cantigas” é o retorno de um dos mais populares filmes portugueses. Lionel Viera, o realizador, conseguiu manter o espírito de revista do filme original juntando a comédia com os jogos de diálogo. Ao mesmo tempo, adapta-lo aos tempos de hoje, envolvendo a temática das tecnologias. A história decorre em época de Santos Populares, onde Evaristo, o lojista, e Narciso, o condutor de tuk-tuk, lutam pelo amor de Rosa: são amores e desamores que nos levam ao ambiente típico de um bairro de Lisboa. Este é, atualmente, o filme português mais visto nas salas de cinema, contando com cerca de 406 mil espectadores.
O crime do padre Santo Amaro
Esta é a história de um jovem padre que acaba de chegar á paróquia de um bairro pobre. Até aqui tudo normal. Mas enquanto Amaro vai conquistando a confiança das gentes do bairro, consegue também conquistar o coração de uma belíssima jovem: Amélia. Uma história de desejo e amor que vai revelar o pior de um homem que jurara apenas fazer o bem. Este romance é baseado no livro “O crime de Padre Amaro”, levado aos cinemas por Carlos Coelho da Silva.
Os gatos não têm vertigens
“Os gatos não têm vertigens” trata uma história de amizade improvável, na qual duas pessoas que se julgavam perdidas na vida reencontram a sua alegria. Enquanto Rosa se debatia com a angústia de perder aquele com quem viveu toda a sua vida, Jó é um jovem desamparado e com um passado difícil que apenas procurava alguém que o compreendesse e aconselhasse. Um filme que nos fala da solidão e dos obstáculos pelos quais temos de passar ao longo da nossa existência, com realização de António-Pedro Vasconcelos e participação de Maria do Céu Guerra e João Jesus.
Índice Médio de Felicidade
Em momentos de crise, o pior que nos pode acontecer é perdermos a esperança. Daniel (Marco D’Almeida) perdeu o emprego e a sua família teve de se mudar, procurando de melhores condições. Mas, enquanto tudo parecia desmoronar-se, Daniel nunca desiste e luta por uma solução. Porém, encontra muito mais do que isso, Daniel descobre a beleza das pequenas coisas, o desejo de ajudar o outro e a alegria de ter alguém com quem partilhar a vida. Esta é a história de uma família persistente na busca da sua felicidade que contamina todos à sua volta com a sua esperança inabalável.
São Jorge
Um outro olhar para a crise que abalou Portugal traz-nos “São Jorge”, a história de um boxeur desempregado que vê a sua vida a desabar. Em risco de perder a mulher e o filho para o Brasil, Jorge aceita um emprego numa empresa de cobranças difíceis para conseguir pagar as próprias dívidas. É um homem que ama a sua mulher e um pai que faz de tudo para sustentar o filho. São histórias reais que assombram os bairros sociais, repletos de violência, amor e perseverança. Um drama de Marco Martins, que com este filme conseguiu arrecadar o prémio de Melhor Actor no Festival de Veneza.
Gaiola Dourada
“Gaiola Dourada” trata a história de um casal de imigrantes que tem finalmente a sua oportunidade de voltar a casa depois de 30 anos a trabalhar em solo francês. A mulher é porteira, o marido trabalha em construção civil. Ambos são adorados pela comunidade, pois estão sempre prontos a ajudar. Quando o casal recebe uma casa no Douro como herança, a hipótese de regresso é bastante real. Mas será que eles estão prontos para refazer a sua vida em Portugal? Uma história que relata a própria vida do realizador, Ruben Alves, mas que acaba sendo a história de tantos portugueses imigrantes.
Jacinta
Um filme de época que relata o milagre de Fátima através dos olhos de Jacinta. Não tocando tanto no lado religioso, o realizador Jorge Paixão da Costa demonstra-nos como era a sociedade portuguesa em tempo de Primeira Guerra Mundial e inícios de século XX. A visão da Nossa Senhora é um acontecimento que vai transformar a vida daqueles 3 pastorinhos, em particular de Jacinta, e isso vai comover todos aqueles que estão a sua volta. Um ponto de vista mais real e inovador sobre uma história que já todos conhecemos e que comemorou este ano os seus 100 anos.
Gelo
Inserido na categoria de ficção científica, “Gelo” é uma história que pretende fazer-nos questionar a morte. Conta a vida de uma mulher, Catarina, que nasceu a partir do ADN de um corpo congelado desde a Idade do Gelo. Esta vive como cobaia do investigador científico Samuel que procura a imortalidade. Do outro lado existe Joana, uma jovem repleta de sonhos e ambições que estuda cinema. Estas são duas vidas que se vão cruzar numa só. Dos realizadores Luís & Gonçalo Galvão Teles, este filme, apresentado no festival Fantasporto, conta já com o prémio melhor filme da competição internacional do Fantastic Planet Film Festival, em Sidney, na Austrália.
Os filmes não devem ser de campanha fascista ou xenófoba nem comunistas. Devem sim serem exclusivamente filmes a narrarem uma história qualquer que atraia a atenção para serem bem apreciados, terem êxito.
Façam filmes com boa história ! Não façam poiltiquices nem banalidades nem ordinarices!
Alguns realizadores portugueses não querem saber se seu (s) filme (s) tem ou não sucesso. Querem sim, receberem dinheiros do Estado para seu proveito. Por isso, dizem que a Cultura e seu Ministério deve ser mais apoiado financeiramente pelo Estado…..O que é necessário, é apoio privado e do Estado para realizaremos filmes mais decentes, com mais categoria ! Se um dia, fizerem uma boa produção sobre , por exemplo, Fernão de Magalhães ou de D.Afonso Henriques ou Luís de Camões, etc, etc, provavelmente, teríamos sucesso mundial. Em vez de filmes atuais com meia dúzia de espectadores a verem um filme português de um realizador português, intelectualmente chato e tendencioso.
Subscrevo o que esta senhora escreveu. De fato, o nosso Cinema português tem de mudar seu Paradigma para ter mais êxito quer nas bilheteiras quer nas competências de produtores, realizadores e elencos através de melhores argumentos. Deste modo, não só o Cinema português ganhará mais apreço pelo público como pelos entendidos de Cinema nacional e internacional, a meu ver. Qualquer” ingrediente” é bem vindo no Cinema como História ou uma história qualquer ou Erotismo ou Humor mas com cerne, ou seja, argumento que prenda a atenção do espetador. Banalidades, ordinarices, poiltiquices NÃO.
Honestamente na minha opinião,após o 25 de Abril, o cinema português estruturalmente melhorou quanto ao som, imagem/fotografia, cor, efeitos.. .Mas quanto aos argumentos e realizações (conteúdo), perdoem-me os realizadores contemporâneos dos finais do séc XX e XIX, piorou. Isto e a meu ver, porque desde o 25 de Abril até agora,existe por parte destes realizadores uma constante tendência de realizarem filmes de caráter político com complexo de esquerda contra a direita……Bem como, a tendência para histórias banais e de escândalos. Nenhum de nós gostou do Estado Novo nem de Salazar (claro), mas parem de politiques nos filmes e realizem mais categoria, cerne, classe como, por exemplo, aprendam a classe de atores como Antônio Silva, Vasco Santana e Ribeirinho, Realizem mais filmes com caráter histórico e de outros géneros mas não políticos que dignifiquem Portugal em suas origens como uma boa Produção sobre Viriato, D.Afonso Henriques, Remake de Luís de Camões.Mas sem complexos de espécie alguma! Nem tendenciosismos políticos. Tá? Por isso, o Cinema português internacionalmente fraqueja…..Tenho dito. P.S.-Outra consideração: Os realizadores e produtores atuais portugueses que não se “agarrem exclusivamente” ao financiamento do Estado mas mais a patrocínios privados. Se se queixam porque não têm esses patrocínios, então, deixem de fazer filmes fracos e políticos e passem a mudar o paradigma: Revolucionem com inovados filmes com o caráter mencionado. Tá? Até porque os filmes portugueses não devem ser para “campanhas partidárias ou políticas”….