Grande Entrevista e Reportagem

Os bastidores da TVI: o que a televisão não mostra

A TVI (ou “a quatro”, como também é conhecida) faz parte das nossas vidas há 28 anos. São quase três décadas presente na casa dos portugueses, dentro da caixinha mágica que vai crescendo e evoluindo. Mas, nesta altura do campeonato, já estamos cientes de que aquilo que vemos na televisão é muito diferente do que realmente acontece nos bastidores.

A ESCS Magazine passou dois dias na TVI, por detrás das câmaras, para conhecer onde e como se faz magia.

O primeiro dia foi dedicado ao entretenimento e o segundo reservado para a informação. São formas muito díspares de fazer televisão e, ao longo desta reportagem, evidenciaremos o porquê. 


Estúdios de Entretenimento, 23 de junho

Chegamos a Queluz de Baixo às sete da manhã. É verão, embora a essa hora não pareça. À nossa esquerda estão os estúdios, mas dirigimo-nos para o lado oposto para estacionar. Tocamos à campainha, identificamo-nos e a cancela sobe: foi-nos concedido acesso ao parque de estacionamento da Media Capital, a empresa proprietária da TVI. Sem mais demoras, atravessamos a estrada, cumprimentamos o segurança e apresentamo-nos. O próximo passo para quem visita a TVI é obter um cartão que nos permite passagem em certos pontos dos estúdios. Aguardamos nuns sofás vermelhos até sermos chamados pela Técnica da Comunicação da TVI, Sandra Vasconcelos. 

Sandra chega até nós a coxear, pois, por andar sempre numa correria, o seu joelho sofreu um encontro desagradável. Ainda assim, acompanhou-nos a tempo inteiro nestes dois longos dias, e até tivemos direito a uma tour completa. Antes de mais, para que pudéssemos prosseguir em segurança, foi-nos feito o teste à Covid-19 (procedimento pelo qual todos os funcionários têm de passar semanalmente). Rapidamente soubemos que o resultado nos permitia avançar. E tínhamos de avançar rápido, pois às oito em ponto começava a reunião de produção do “Dois às 10”. No ar desde o início do ano, este talk-show apresentado por Cláudio Ramos e Maria Botelho Moniz veio preencher o bloco que antes pertencia ao “Você na TV!”. 

O direto começa, tal como o nome indica, às dez, mas há toda uma preparação prévia até lá. Quando chegamos ao estúdio, ainda conseguimos testemunhar as limpezas a decorrer. Montamos o tripé, ajustamos as definições da câmara e preparamos o microfone. Várias pessoas vão chegando e sentando-se num grande sofá coberto, que, quando destapado, integra o cenário do programa da tarde, já que o estúdio é partilhado. Está situado numa zona que, em pouco tempo, reuniria quase 20 membros da equipa. Esta primeira reunião serve para analisar o alinhamento, um molho de papéis com pouco texto, mas muitas grelhas, cores, siglas e nomes. É onde está organizada a emissão e a partir do qual se vão guiar. Findo o programa, terão a reunião de planeamento do próximo, no seguinte dia.

Apresentadores, operadores de câmara e restante staff discutem o que gravar, que planos captar, que segmentos existirão e quem serão os convidados dessa manhã. Vão colocando questões e dando sugestões e ideias. É uma avalanche de informação que claramente não intimida quem faz disto vida. Percebe-se que há uma organização meticulosa, sendo que até o sítio onde os convidados se irão sentar é debatido. No entanto, a concentração não invalida a boa disposição. Entre piadas, ouvimos um aviso: “Cinco minutos!”, e começam a dispersar. 

O estúdio é muito mais pequeno do que aquilo que aparenta ser no conforto da nossa sala de estar. Quando olhamos para cima, o teto são luzes e mais luzes penduradas. Há duas pessoas a dar a cara, mas tantas outras atrás das cortinas, a garantir o bom funcionamento deste programa. Quando são convidadas a dar uma entrevista, revelam uma timidez inesperada, dado o à vontade que testemunhámos entre a equipa. Assim, é evidente que muitos dos que trabalham em televisão prezam o seu posto atrás das câmaras. É o caso de Carolina Prata, responsável digital do “Dois às 10”, e José Ferreira, fotógrafo do programa. O par trabalha em conjunto para, entre outras coisas, garantir que o público recebe algum conteúdo de bastidores.

Acompanhámos uma emissão especial do programa. Os enfeites coloridos, os manjericos e o cheiro a sardinha não deixavam margem para dúvidas: comemorava-se o São João no estúdio do “Dois às 10”. Não é todos os dias que temos o prazer de ver Cláudio Ramos a usar um cabeçudo, mas desta vez tivemos sorte. A dinâmica de um programa assim é caótica, mas, simultaneamente, organizada. As câmaras vão colidindo com as fitas do São João e os seus operadores parecem baratas tontas, que circulam pelo estúdio com auscultadores, papéis dobrados no bolso traseiro das calças e fios nas mãos, que vão passando entre si para que ninguém tenha o azar de tropeçar neles e estragar a festa. 

Trocamos o piso térreo pelo superior e a realidade muda. Além de albergar as salas de cabelo, maquilhagem e guarda roupa, é neste andar que se localiza a régie, a sala escura forrada a ecrãs que coordena o direto. Através destes ecrãs, podemos ver os diferentes ângulos disponíveis e, claro, o que está a ser emitido. Também há uns a transmitir a concorrência que permitem perceber certos padrões. Existe um bom ambiente entre a equipa, que arranja tempo entre indicações para comentar o que acontece no programa, muitas vezes à gargalhada. Há bandeiras de Portugal espalhadas pela régie, não fosse dia de Portugal-França a valer para o Euro. 

“Um, dois, um, um”, indica o realizador Filipe Pimentel, referindo-se ao número das câmaras. Dá indicações aos operadores que estão em estúdio acerca de que planos devem fazer e do que deve aparecer em direto. “Sai três, sai quatro”, diz, enquanto vai estalando os dedos para marcar a mudança de câmara. A sua cadeira parece ter uma mola que o impede de estar sentado, ou talvez seja apenas a adrenalina que, de vez em quando, faz escapar um ou outro palavrão. Os vizinhos de baixo ouvem os saltos de um realizador frustrado, que não gosta de erros, e aproveitam o intervalo para esclarecer o que se passou. As desculpas são aceites e, entre mesas de mistura e muitos botões, vamos entendendo como tudo funciona. Quanto à preparação de um programa da manhã a nível de realização, Filipe esclarece:

“Quando acaba um programa, reunimos e falamos sobre o que correu bem, o que correu mal, o que podemos melhorar e, a seguir, começamos logo a falar do programa seguinte.”

No mesmo espaço, Sandra Silva é o barco salva vidas dos apresentadores. Enquanto editora de régie, fala-lhes ao ouvido através dos intercomunicadores durante todo o programa. “Há que tentar não passar stress, porque ter sempre uma voz no ouvido deve ser incomodativo. Convém que seja simpática e não passe ansiedade”, explica, exemplificando: “Às vezes, estou numa conversa paralela com eles, do género: «Vou almoçar aqui». Quando dá, faço-lhes perguntas. São coisas de bastidores só para nos animarmos um pouco, para não ser só trabalho”. Quer seja para dar indicações ou para relembrar assuntos, está sempre atenta ao que se passa e intervém em momentos chave. Fica óbvio que conhece o alinhamento de trás para a frente, e ainda bem. “Basicamente no dia anterior é quando eu consigo fechar tudo do dia seguinte”, confessa, quanto ao alinhamento, que, para si, “é a base para o programa”. 

Além de ajudar a dupla, com quem partilha uma grande cumplicidade, esclarece os oráculos e os leads que devem aparecer na televisão. Com uma calma incompreensível dada a pressão inerente, executa as suas funções sem deixar ninguém ficar mal. Quanto ao que mais a marca na sua função, não hesita em responder: “Fechar um programa que começaste tem alguma nostalgia. E depois começar um também é outro entusiasmo, porque parece que já fazes tudo e todos os dias é igual, mas depois afinal…”.

Ficávamos o dia todo a observar Sandra, mas temos de aproveitar o intervalo do programa para falar com Cláudio Ramos, cuja boa disposição distrai da correria que há em estúdio. Em poucos minutos, acaba-se o arraial. Desmontam o cenário festivo e instala-se um ambiente frenético para que tudo esteja pronto a tempo de regressar o direto. Saem os escadotes e os convidados, ficam para trás múltiplas garrafas de água e entram as funcionárias da limpeza. Decorrem as trocas de roupa e de microfone. Há que confirmar se estão todos “micados”, uma expressão que aprendemos, relativa a estar com microfone de lapela. Depois de gravada uma telepromoção, os apresentadores aproveitam para comer o que foi cozinhado durante o programa. Oferecem à restante equipa e as sobras são colocadas no frigorífico do cenário. Leem as anotações nos papéis e nos tablets, gesticulam em resposta a Sandra Silva, e preparam-se para entrar novamente no ar. 

Depois de um início caótico, com uma enchente de pessoas e caraterizado por diversão, vem o sossego. Os câmaras conseguem respirar fundo agora que há um ambiente mais sério e calmo. O próximo segmento, de atualidade, requer-lo. O silêncio instala-se e nem parece o mesmo estúdio onde minutos antes se dançava o rancho. Entram os comentadores, que, tal como os apresentadores, permanecem sentados a analisar um crime. O semblante passa a estar carregado, mas não por muito tempo. A coordenadora de conteúdos do “Dois às 10”, Vanessa Cruz, comenta a súbita mudança: “O day time é muito exigente a nível de temas, porque tanto podemos ter conteúdos de alegria, de diversão e de festa, como podemos logo a seguir ter um conteúdo em que uma pessoa vem contar uma tragédia que sofreu na vida e que é muito denso, são histórias muito pesadas. E depois temos também a parte criminal, que acaba por pautar todos os dias o programa e também dá ali um ritmo e uma atualidade que exigem muita dedicação da equipa.”

E, por isso mesmo, há que planear tudo com antecedência. “No programa de day time, normalmente, as coisas são pensadas com duas semanas de antecedência, três, idealmente, como datas marcantes ou conteúdos que já sabemos que têm de entrar no programa”, conta-nos Vanessa Cruz. Mas nem sempre conseguem valer-se da antecedência: “É um trabalho muito exigente, o day time. Tem um ritmo alucinante. As coisas podem mudar a qualquer segundo. Temos de estar sempre disponíveis para alterar o alinhamento de um minuto para o outro”, desabafa a coordenadora de conteúdos. Finda a emissão, seguimos Maria Botelho Moniz até à sala do guarda roupa. Vamos colocando questões enquanto a apresentadora muda para a indumentária do dia a dia. Descalça, conversa connosco como se de amigos nos tratássemos. 

Depois de uma manhã atípica, dirigimo-nos ao bar da TVI para o almoço. Satisfeitos os estômagos, é a vez do “Goucha”. O talk-show da tarde, transmitido por volta das 16 horas, veio substituir o programa “A Tarde é Sua”. Estamos lá uma hora antes para assistirmos ao ambiente em estúdio e, claro, para entrevistarmos Manuel Luís Goucha. “Agora estou a conversar com tempo. Tenho duas conversas com 40 minutos”, explica o apresentador sobre o programa que dinamiza atualmente.

De facto, é uma produção mais quieta e calma, com planos gravados de antemão e diálogos sem pressa. “A manhã faz companhia, a tarde faz companhia e saber que entramos ao longo dos anos em casa das pessoas e passamos quase a fazer parte dessa família é muito gratificante”, esclarece Manuel Luís. O realizador Gonçalo Lopes, igualmente bem disposto e acelerado, concorda: “De manhã as pessoas estão a cozinhar, estão a fazer coisas, estão a passar a ferro ou o que seja. A televisão funciona mais como rádio. À tarde, já se sentaram depois do almoço, o programa é mais calmo, tem mais respiração. É outro ritmo, é diferente. De manhã é muito mais agitado”. Quanto ao seu papel, explica: “Faz de conta que isto é uma orquestra e sou o maestro. Todos somos importantes e todos estamos juntos nisto”.

A equipa do programa “Goucha” é composta por mais de 30 elementos, entre os jornalistas na redação, a equipa de pesquisa, a equipa de produção, os editores de vídeo, a anotação, o grafismo, o operador de samples (que trata dos sons do programa) e os técnicos da estação. Independentemente do teor de cada programa, ambos trazem conteúdo pertinente e interessante. Cada membro de cada equipa esmera-se, sendo o resultado final aquilo que nos chega à televisão. Porém, nem todos temos a noção da quantidade de pessoas que algo desta dimensão movimenta, nem do quão cruciais são os seus papéis para o bom funcionamento das produções. Mesmo com todo o stress, fomos sempre bem tratados, esclarecidos e integrados. Resta saber se sairemos do departamento de Informação igualmente bem impressionados.


Estúdios de Informação, 24 de junho

O segundo dia começa mais tarde, visto que o teste à Covid-19 que realizámos ainda se encontra válido. Ainda assim, não eram oito da manhã e já estávamos instalados em Queluz de Baixo. Isto porque, a essa hora, decorre a reunião editorial do “Jornal da Uma”. Tivemos autorização para assistir a parte dela e compreender a sua importância. Além de nós, estiveram presentes a coordenadora e editora do J1, Maria João Figueiredo, o seu braço direito, o jornalista José Manuel Santos, a produtora de conteúdos, Sofia Sá, e a Diretora-Adjunta de Informação, Lurdes Baeta. Os restantes editores participam por mensagem ou videochamada, como é o caso de António Rosa, chefe de Delegação do Porto.

Esta reunião “é uma finalização do dia anterior, do que aconteceu que ainda seja notícia, e depois do que se prevê que hoje seja notícia”, elucida Lurdes Baeta. Serve para definir o decurso do dia, que, obviamente, pode sofrer mudanças drásticas e inesperadas. Com as agendas abertas, folheiam jornais, planeiam diretos e reportagens. Enquanto assistimos, debateram como fariam para enviar uma equipa para Sevilha, local onde iria decorrer o próximo jogo da seleção. Vão sendo lançados temas que estão na ordem do dia e discutidas estratégias para os cobrir. Uma das paredes da sala em que nos encontramos é composta por ecrãs que emitem os telejornais em direto. 

Toda a redação de informação é, na verdade, um autêntico filme. É tudo aquilo que um aspirante a jornalista imagina. A esta hora encontra-se praticamente vazia, mas, com o decorrer da manhã, vão passando por nós caras conhecidas. Como seria de esperar, há uma equipa gigante a garantir o sucesso do “Juma”, como lhe chamam os da casa. Em comparação com os estúdios de entretenimento, há menos barulho e mais teclas, mais telefonemas e cadeiras ocupadas. É o território dos jornalistas.

Para Marcos Pinto, ser jornalista “é um desafio permanente, que se renova todos os dias, porque o mundo também é uma notícia diferente todos os dias”. “Pomos a máquina a funcionar, em todos os aspetos que tenham a ver com a informação”, crê Lurdes Baeta. Já a parte mais difícil da profissão, para a Diretora-Adjunta de Informação, é: “Quando não conseguimos confirmar as coisas, quando não conseguimos chegar aos protagonistas, quando, inevitavelmente, nos envolvemos emocionalmente.” Este último fator não representa um problema “desde que isso não turve a capacidade objetiva de dar informação”, defende Lurdes Baeta.

Algo cuja dificuldade parece acrescida são os diretos, em que os jornalistas são praticamente “atirados aos lobos”. No entanto, para Lurdes Baeta, esta “é das coisas mais espetaculares de fazer em televisão”, é “um desafio à capacidade jornalística”. Isto porque, na altura em que a notícia chega até ao jornalista, explica Lurdes, “sabemos pouco sobre ela, vamos à procura, vamos buscar informação a todo o lado. Nós lemos, avaliamos, resumimos e transformamos em notícias. Juntamos as peças todas e contamos a história, e tudo em direto. Não há ninguém que nos escreva nada.” Num regime de breaking news, a atenção é crucial, para “fazer a destrinça de tudo o que interessa e não interessa, do que é verdade e do que não o é”, evitando propagar informações por confirmar.

“Nós estamos a dar a cara pelo trabalho de uma redação inteira”, acredita Sara Pinto, acerca do papel de um pivô. Para chegar a essa função, segundo Sara, há que ter “experiência de reportagem e de trabalho de redação”. Nesse dia, a pivô, ao apresentar o “Juma”, encontrava-se indisposta, com uma gripe que fez os possíveis para lhe arruinar o direto. Mas não foi bem sucedida. Enquanto estava no ar, Sara teve um ataque de tosse, algo impensável. Com a maior das calmas, a régie veio ao seu auxílio: “A régie também nos protege, também nos ajuda nessas situações, a cortar o áudio do microfone, a dar-nos tempo com algumas imagens no ar para recuperar o fôlego, para beber um copo de água, e corre tudo bem.” De volta ao ar, foi como se nada tivesse acontecido. Todos os envolvidos revelaram um tremendo profissionalismo.  

Ainda antes da emissão do J1, decorre, às onze da manhã, a reunião editorial do “Jornal das Oito”. Todos os dias à mesma hora ocupam uma sala para abordar o dia anterior e, à semelhança da reunião editorial do “Juma”, definir o alinhamento. Além de acompanharem o processo de conceção do J1, vão, na parte da tarde, atentando na evolução das notícias, para saberem que peças retrabalhar e incluir no jornal da noite. A primeira coisa a fazer é consultar a aplicação das audiências para examinar o que fizeram bem e o que poderiam ter feito melhor. Um por um, vão chegando José Carlos Araújo, coordenador do J8; Pedro Benevides, subdiretor de informação e editor de política; Vasco Resende, editor de economia; Filipe Caetano, editor de internacional; Bruno Ferreira, editor de desporto e Henrique Machado, editor de justiça. 

Além de ser editor de política e de conduzir o programa “Hora da Verdade”, cabe a Pedro Benevides, enquanto subdiretor de informação, supervisionar conteúdos como o “Esta Manhã” e o “Lei da Bolha”, gerir os recursos humanos e ajudar na preparação da linha editorial, controlando a qualidade das peças e do jornalismo que praticam, segundo nos explicou. “Paralelamente a isso, tenho a responsabilidade da operação do digital, e estou envolvido na preparação de algumas emissões importantes, como a emissão da noite eleitoral das autárquicas”, acrescenta.

Mas, afinal, como elegem os jornalistas responsáveis por determinada peça? De acordo com José Carlos Araújo, muitas vezes tem que ver com os temas que cada um domina melhor. “Felizmente temos uma larga quantidade de jornalistas que conseguem trabalhar diferentes áreas, o que nos dá também uma grande tranquilidade para escolhermos as pessoas para trabalharem assuntos que eventualmente não são os assuntos que trabalham com mais regularidade no dia a dia”, afirma o coordenador do J8. Às oito da noite, José Carlos Araújo dirige-se para a régie, onde permanece até ao fim do jornal. Uma vez terminado, dá o dia por concluído. 

O entretenimento e a informação são mundos diferentes, desde os operadores de câmara às régies. Enquanto um é mais estanque e mais formatado, o outro treina mais a arte do improviso. Não obstante, têm em comum uma organização impecável, um empenho constante e uma dedicação espantosa que evidenciam parte do sucesso da TVI. Fomos recebidos de braços abertos na estação e, enquanto jovens recentemente licenciados em jornalismo, sentimo-nos em casa. Esta visita mudou a forma como olhamos para a televisão, ensinando-nos a valorizar também o que não está a olhos vistos. Evidenciou a importância da disciplina, do rigor e do companheirismo, caraterísticas presentes em qualquer uma das pessoas com quem nos cruzámos por aqueles corredores estreitos, mas icónicos.

Agradecimentos: Carolina Prata, Cláudio Ramos, Cristina Barata, Filipe Pimentel, Gonçalo Lopes, José Carlos Araújo, José Ferreira, Lurdes Baeta, Mafalda Costa Pereira, Manuel Luís Goucha, Maria Botelho Moniz, Marcos Pinto, Mateus Pereira, Nuno Portugal, Ricardo Nunes, Sandra Silva, Sara Bento, Sara Pinto, Sandra Vasconcelos, Pedro Benevides, Pedro Mourinho, Ticiana Xavier, Vanessa Cruz e toda a equipa de comunicação da Media Capital, a equipa do programa “Dois às 10”,  a equipa do programa “Goucha”, a redação da TVI e a Media Capital. 

Reportagem realizada por Diogo Ferraz e Mariana Coelho.

AUTORIA

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Depois de integrar a maioria das secções da revista, a Mariana ficou encarregue de incumbir esta paixão aos restantes membros. O gosto pela escrita esteve desde sempre presente no seu percurso e a licenciatura em Jornalismo veio exacerbar isso mesmo. Enquanto descobre aquilo que quer para o futuro, vai experimentando de tudo um pouco.