Os efeitos do exercício físico na saúde mental
Todos nós, em algum momento, já ponderámos inscrevermo-nos no ginásio, começar a praticar uma nova atividade física, iniciar uma dieta…
E, em grande parte das vezes, o motivo que nos leva a tomar este tipo de decisão prende-se com questões físicas: “Preciso de ganhar mais massa muscular!”, “Preciso de perder peso!”, ou simplesmente, “Gostaria de fazer mais exercício para poder melhorar a minha resistência e força.”
Embora todas estas questões sejam importantes, os benefícios de praticar exercício físico de forma frequente acabam por ir muito além dos objetivos físicos e temporários. Ter um estilo de vida ativo é crucial para o nosso bem-estar, não só físico, mas também emocional.
Existem várias formas de se ter um estilo de vida ativo, de acordo com as preferências pessoais de cada um:
- Podemos praticar regularmente um desporto pelo qual temos interesse (como o futebol, basquetebol, natação, entre outros…), de modo a adquirir novas competências ou melhorar aquelas que já temos;
- – Podemos ir para um ginásio, tendo como foco a musculação e a progressão de carga, com o objetivo de nos desafiarmos e ultrapassarmos os nossos limites;
- – Quem se sente mais motivado em dinâmicas de grupo, poderá interessar-se por aulas de zumba, pilates, ou yoga;
- – Podemos simplesmente fazer uma caminhada de 20 a 30 minutos, de três a cinco vezes por semana, ou até mesmo um treino do Youtube, no conforto do nosso lar.
Existem inúmeras opções, quando se trata do como podemos movimentar o nosso corpo, para beneficiar a nossa saúde física e mental.
Então, quais são os impactos diretos que a atividade física pode ter no nosso cérebro?
Praticar exercício físico pode ajudar a baixar os níveis de cortisol (hormona associada ao stress), como também pode libertar neurotransmissores diretamente associados à felicidade.
Como exemplos de alguns destes neurotransmissores temos a dopamina, a serotonina e a endorfina, que, além de nos proporcionarem uma maior sensação de prazer e relaxamento, também desempenham um papel importante na eficácia de outras funções do cérebro, como: a memória, a capacidade de concentração, a regulação do humor, do apetite e do sono.
Psiquiatras também comprovam que alguns transtornos mentais, como a depressão e a ansiedade, quando ainda se encontram em estados mais ligeiros, podem ser tratados com este tipo de mudança no estilo de vida, sem ser necessária a intervenção de medicamentos.
É de facto surpreendente, não é?
Falando sobre a minha experiência pessoal, a prática de exercício físico ajudou-me imenso, não só a nível físico, mas também a nível psicológico, como consequência de todos os efeitos abordados acima.
É incrível como a nossa autoestima pode aumentar, não só por estarmos satisfeitos com aquilo que vemos quando nos olhamos ao espelho, mas também por honrarmos os compromissos que criamos connosco.
É humanamente impossível estarmos motivados todos os dias, mas a evolução acontece quando saímos da nossa zona de conforto e procuramos ser a nossa melhor versão.
Depois de teres lido tudo isto, já te convenci a levantar do sofá e praticar algum exercício?
Imagem de destaque: Pinterest
Artigo revisto por: Inês Gomes
AUTORIA
A Núria é uma jovem de 19 anos que acabou de entrar no curso de Relações públicas e comunicação empresarial na ESCS.
É muito ambiciosa e sonha em ter uma profissão que possa desafiá-la intelectualmente, mas que também a permita explorar a sua personalidade e o seu lado extremamente comunicativo, que é uma das suas principais características desde muito nova.
A Núria sempre adorou ler e escrever. Com apenas 7 anos escrevia pequenas histórias no seu computador, mas com 10 anos teve o seu primeiro diário e foi a partir daí que passou a ver a escrita como uma forma de expressar aquilo que muitas vezes não conseguia dizer.
É uma menina/mulher de muitas ideias, muitas opiniões e mal pode esperar por partilhar tudo isso na ESCS Magazine!