PJ do Porto detém suspeitos do rapto de um empresário de Braga
A Polícia Judiciária do Porto terá detido sete envolvidos no rapto e possível homicídio de um empresário de Braga. João Paulo Fernandes, empresário de 42 anos, está desaparecido desde 11 de março. Estão a ser realizadas buscas domiciliárias, nas zonas do Porto e Braga e também num um escritório de advogados bracarense.
O empresário bracarense que reside e trabalha em França foi obrigado a entrar num Mercedes depois de ter sido agredido por dois homens encapuzados. Tudo isto aconteceu quando estava a chegar à porta de casa da ex-mulher com a filha de oito anos que assistiu a tudo. A criança terá pedido ajuda e o rapto terá sido comunicado. No entanto, desde 11 de março que nem os raptores nem a vítima contactaram a família.
A investigação ainda está em curso, mas é possível que a causa do rapto tenha a ver com ajustes de contas. O empresário, antes de emigrar, deixou dívidas a rondar os 3,6 milhões de euros aquando da falência de uma empresa de climatização. Também os negócios do pai de João Paulo Fernandes, detentor de uma empresa de construção civil, foram investigados. Em 2011, a família da vítima foi viver para a Madeira, na sequência de várias ameaças alegadamente feitas por credores.
Entre os sete possíveis envolvidos no rapto, três são advogados, nomeadamente Pedro Grancho Bourbon. O pai da vítima tê-lo-á acusado de ser culpado pelo rapto do filho e de se ter apropriado de bens da Sociedade de Construções Fernando. Esses bens, segundo conta, terão sido transferidos para uma empresa de fachada denominada Monahome e o objetivo era evitar o arresto dos credores na sequência de uma insolvência judicial. O empresário da construtora teria, então, combinado com o advogado a venda fictícia de casas e terrenos seus, mas que acabou por nada receber.
O advogado afirmou que tudo não passava de uma infâmia e que iria incorrer contra a família Fernandes.