Plano Nacional de Leitura termina em 2016
O verão de 2016 trará o fim do Plano Nacional de Leitura, segundo afirmou Fernando Pinto do Amaral, na Conferência Internacional do Livro, que decorre durante quinta e sexta-feira na Fundação Calouste Gulbenkian.
Uma vez que os níveis de literacia, quer da população no geral, quer dos mais jovens, têm valores reduzidos em Portugal, quando comparados com o resto da Europa, criou-se, com o alto patrocínio da Presidência da República, o Plano Nacional de Leitura. Em vigor desde 2006 para melhorar a escrita e a leitura dos portugueses, assim como para incentivar os hábitos de leitura desde a infância, o Plano Nacional de Leitura terá, em dez anos, cumprido os seus objetivos. Apesar de terminar no verão de 2016 Fernando Pinto do Amaral, o comissário do Plano Nacional de Leitura, considera que este deveria ter seguimento.
Talvez por isso Silvestre Lacerda, o diretor-geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas, tenha afirmado ser necessário reinventar o Plano Nacional de Leitura; afinal, e segundo este, em Portugal publicam-se “1,5 livros a cada hora”. Há ainda outros problemas, entre os quais encontramos a maciça presença do digital e dos “reality show”.
A 8ª Conferência Internacional vai centrar, então, a sua atenção nos valores transmitidos pela leitura, uma vez que a face mais visível deste Plano é a criação anual de listas de livros recomendados para os diferentes níveis de ensino, tanto em contexto escolar, como em contexto familiar.
O Plano Nacional de Leitura tem, atualmente, um orçamento de cerca de 500.000 euros, orçamento este que é repartido por todos os agrupamentos escolares do país. Fernando Pinto do Amaral afirma ainda que este plano deveria ter continuidade, até porque, na sua opinião, “não deve estar dependente de oscilações políticas e económicas“.