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Portugal em primeiro lugar na desigualdade salarial de género

O fosso salarial entre homens e mulheres, em Portugal, cresceu 4,6% entre 2011 e 2016.

De acordo com o gabinete de estatísticas da UE, entre 2011 e 2016, o fosso salarial entre géneros subiu 4,6%, situando-se em 2016 nos 17,5% (menos 0,3% do que no ano anterior).

Portugal é um dos dez Estados-Membros da União Europeia em que a diferença salarial entre homens e mulheres subiu no período em análise, seguido pela Eslovénia (4,5%).

Dentro da EU, o fosso salarial diminuiu 0,6% – dos 16,8% em 2011 para os 16,2% em 2016, impulsionado sobretudo pela Roménia (menos 4,4%), Hungria (4%), Espanha e Áustria (ambas com menos 3,4%), Bélgica (3,3%) e Holanda (3%).

Segundo os dados do Eurostat, os países da UE que lideraram o ranking da diferença de remuneração entre homens e mulheres em 2016 foram a Estónia (25,3%), a República Checa (21,8%), a Alemanha (21,5%), o Reino Unido (21%) e a Áustria (20,1%).

Roménia (5,2%), Itália (5,3%), Luxemburgo (5,5%), Bélgica (6,1%), Polónia (7,2%), Eslovénia (7,8%) e Croácia (8,7%) foram os países que ficaram abaixo dos dez por cento. Tal como Portugal.

Portugal com a pior performance da OCDE desde o início do século

No estudo Women in Work Index, realizado anualmente pela  Pricewaterhousecoopers (PwC), e segundo a Exame, a Suécia é atualmente o país que lidera o índice da PwC. Este índice mede a participação das mulheres nas economias mundiais, utilizando cinco indicadores: a disparidade salarial, o número de mulheres no mercado de trabalho, a igualdade de oportunidades, o desemprego feminino e a percentagem de mulheres com emprego a full-time. Segundo a PwC, Portugal ocupa o 18.º lugar – em 2000, Portugal ocupava a 5.ª posição. Portugal é apontado como “o país com a pior performance entre todas as economias da OCDE desde o início do século”. Segundo a consultora, 29% das mulheres portuguesas em idade ativa estavam fora do mercado de trabalho em 2016, um número a que se somam 8% de mulheres desempregadas.

Em Portugal, apenas 9% das mulheres ocupam lugares de topo nas empresas, segundo a PwC.

1,6 biliões de euros seria o impacto positivo, a longo prazo, nas economias da OCDE se a disparidade salarial entre homens e mulheres diminuisse, segundo o estudo da Pricewaterhousecoopers.