Presidenciais Americanas: Donald Trump cancela comício devido a protestos
O cancelamento do evento deu-se após vários opositores se terem envolvido em confrontos no recinto onde iria discursar.
Vários apoiantes e opositores do político republicano Donald Trump envolveram-se em pequenos confrontos na noite de sexta-feira. Os protestos ocorreram momentos antes de o comício se ter iniciado, num pavilhão da Universidade de Illinois, em Chicago, levando ao cancelamento do mesmo por parte do candidato à Casa Branca.
“O senhor Trump acabou de chegar a Chicago e depois de se ter reunido com as forças policiais decidiu que, para segurança das dezenas de milhares de pessoas dentro e fora da arena, o comício desta noite será adiado para uma outra data”, anunciou um representante da campanha.
Trump tinha previsto falar a partir das 18 horas locais de sexta-feira (que correspondem à meia-noite de Portugal continental) num pavilhão desportivo de modo promover a sua campanha política.
A Agence French-Press (AFP) descreveu o cenário como caótico, com manifestantes em confrontos com os apoiantes, onde a polícia teve dificuldades em manter a ordem. Posteriormente, o magnata prestou declarações à CNN, afirmando que não queria que ninguém se magoasse e que achou a sua decisão a mais acertada: “(…) embora a nossa liberdade de expressão tenha sido violada”, acrescentou.
A situação obteve uma grade cobertura por parte das redes sociais, onde os vários protestantes utilizavam, através do Twitter, as hashtags #StayWoke e #FeelTheBerne (referente ao candidato democrata, Bernie Sanders).
Também, graças à mesma plataforma social, fotografias e pequenos vídeos foram partilhados a nível mundial. Frases como “Hey hey, ho ho. Donald Trump has to go” e “Hey, hey, hey, no fascist USA” eram as mais famosas entre os presentes.
Os outros candidatos à corrida republicana responsabilizaram a sua retórica pela violência em Chicago: “As sementes de divisão que Donald Trump tem semeado durante esta campanha estão finalmente a dar frutos”, disse o governador do estado de Ohio, John Kasich.