Prisões vão ter manual para lidar com situações de fuga
O documento foi criado pelo Diretor Geral dos Serviços Prisionais, Celso Manata, e inclui uma lista dos telefones e emails a contactar em caso de evasão.
A partir de hoje, os estabelecimentos prisionais vão passar a ter um guia de como agir em caso de fuga. O novo manual vai chegar às 49 prisões portuguesas e tem como objetivo evitar erros como o sucedido em Caxias, a 19 de fevereiro, no qual três presos fugiram.
De acordo com o Diretor Geral dos Serviços Prisionais, Celso Manata, uma das principais medidas tem que ver com o responsável pela comunicação da fuga. Será o efetivo mais graduado presente no momento da ocorrência que tem o dever de comunicar a evasão. Outra medida é a elaboração de uma lista com os números de telefone e os emails das entidades a que se tem de comunicar a fuga, onde se inclui a Polícia de Segurança Pública, a Guarda Nacional Republicana, a Polícia Judiciária e o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras.
Ao Diário de Notícias, Celso Manata afirmou que vai fazer “o maior investimento de sempre na segurança prisional”, correspondendo ao definido no Orçamento deste ano.
O investimento que vai rondar os 2,6 milhões de euros inclui a remodelação do sistema de videovigilância, a instalação de novos aparelhos radiofónicos e a aquisição de carros com funcionalidades celulares.
O Presidente do Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional, Jorge Alves, já reagiu à criação do documento e mostra-se expectante em relação ao mesmo, salientando a importância de tal projeto, há muito esperado: “Não temos planos de segurança nem planos de emergência nas cadeias. Nunca tivemos”.
Este manual surge no âmbito das questões levantadas sobre as fragilidades na segurança das prisões portuguesas. Desde 2012, já fugiram dos estabelecimentos prisionais 54 reclusos.