Puigdemont e “outros membros do Governo destituído” estão na Bélgica
Os membros destituídos do parlamento da Catalunha são acusados de “rebelião, sedução e fraude”, em Espanha.
A informação de que Puigdemont terá ido para a Bélgica – avançada pelas agências noticiosas Efe e Associated Press – foi confirmada uma hora depois de o procurador geral, José Manuel Maza, ter anunciado a acusação contra os principais membros do governo catalão por rebelião, sedição e fraude e contra a presidente do Parlamento regional e os membros da mesa que processaram a declaração de independência.
Segundo o jornal espanhol La Vanguardia, além de Puigdemont, encontram-se também na Bélgica “outros membros do Governo destituído”.
A cadeia de televisão pública flamenca VRT News referiu que o secretário de Estado já havia indicado anteriormente que a Bélgica poderia ser uma saída para Puigdemont se corresse o risco de ser preso.
O parlamento regional aprovou na última sexta-feira a independência da região, numa votação sem a presença da oposição, que abandonou a assembleia regional e deixou bandeiras espanholas nos lugares que ocupavam.
Ao mesmo tempo, em Madrid, o Senado espanhol deu autorização ao Governo central para aplicar o artigo 155.º da Constituição para restituir a legalidade na região autónoma.
O executivo de Mariano Rajoy anunciou no final da passada sexta-feira a dissolução do parlamento regional, a realização de eleições em 21 de dezembro e a destituição de todo o Governo catalão.
Em resposta, no sábado, o presidente do governo regional destituído, Carles Puigdemont, disse não aceitar o seu afastamento e pediu aos catalães para fazerem uma “oposição democrática”, numa declaração oficial gravada previamente e transmitida pelas televisões.