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Roupa e Moda sustentável

A moda é considerada a segunda indústria mais poluente do mundo, estando apenas atrás da indústria petrolífera. Surge a pergunta: “Mas é só roupa, tecido, que mal terá para o planeta?” Pois bem, a indústria da moda possui uma taxa de consumo de água excessiva, emissões poluentes e alta produção de resíduos, razões que levam a indústria têxtil a ser classificada como uma das mais poluentes do mundo. Além disso, depois da agricultura, a indústria da moda é a que mais consome água a nível mundial.

O impacto ambiental tem início logo na produção das matérias-primas, tendo em conta que a produção de algodão requer enormes quantidades de água.

Não só o consumo de água se revelou um problema; também as condições de trabalho às quais a moda e especialmente a fast fashion estão associadas são igualmente problemáticas.

Uma das formas que os empresários das marcas encontraram para fazer render os seus investimentos na indústria da moda consiste em irem buscar mão de obra nos países onde não estão estabelecidos quaisquer ou quase nenhum  direitos relativamente aos trabalhadores. Desta forma conseguem encontrar mão-de-obra mais barata nos chamados países em desenvolvimento, onde os trabalhadores são extremamente mal pagos e muitas vezes menores de idade estão envolvidos.Grandes lojas de roupa como a H&M e a Zara, onde compramos regularmente, já foram acusadas de utilizarem este tipo de mão de obra.

Ainda assim, apesar de todos estes fatores, muitos de nós ainda continuamos a comprar roupa de forma excessiva e desnecessária, estando constantemente a tentar entrar nas “modas” que são cada vez mais passageiras, mas que geram milhões para estas indústrias e contribuem cada vez mais para a poluição do planeta. Este problema do consumo já está a ter consequências em várias partes do mundo. Foi feito um levantamento publicado pela Global Fashion Agenda, uma organização sem fins lucrativos, que aponta que mais de 92 milhões de toneladas de resíduos têxteis foram descartados em anos recentes. Uma das amostras mais recentes deste problema está no deserto do Atacama, no Chile. Apelidado de “Cemitério da moda”, neste constam milhares de peças, muitas delas não usadas, que vão parar a este amontoado todos os anos. De acordo com várias fontes, cerca de 59.000 toneladas de roupas acabam no porto do Chile todos os anos. Deste total, pelo menos 39.000 toneladas são levadas para aterros no deserto, sendo este um dos maiores, possível de ver do espaço.

Contudo, os consumidores estão cada vez mais informados, e existe agora uma parte da população a alertar para estas consequências e a dar alternativas para o consumo de roupa mais sustentável. A moda de segunda mão está cada vez mais popular e é a escolha de cada vez mais pessoas, podendo ser consumida em lojas, feiras e até online, através da famosa aplicação Vinted.

Deixo então aqui algumas lojas e alternativas para um consumo mais saudável!

Vinted-Loja online

A outra Face da lua-Loja física em lisboa

Flamingos Vintage Kilo-Loja física em lisboa

Feiras da bagageira espalhadas por lisboa

Fonte: G1- Globo

Artigo redigido por Leonor Torres

Artigo revisto por João Nuno Sousa

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