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Sindepor anuncia greve de enfermeiros entre 2 e 30 de abril

A convocatória de greve do sindicato dos enfermeiros “abrange todos os turnos que comportam as 24 horas dos dias anunciados de forma ininterrupta”, e surge no dia da visita do primeiro-ministro aos hospitais

Segundo o pré-aviso desta quarta-feira publicado pelo Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal (Sindepor), a greve total será levada a cabo pelos enfermeiros entre os dias 2 e 30 de abril, em Portugal continental e nos Açores e Madeira. De acordo com o pré-aviso, a paralisação começará às 08h00 do dia 2 de abril e terminará às 24h00 do dia 30.

A greve reflete-se na paralisação total do trabalho, abrangendo todos os turnos que comportam as 24 horas dos dias anunciados de forma ininterrupta“, refere o pré-aviso publicado na imprensa e que garante que será assegurada a prestação “dos serviços mínimos indispensáveis para ocorrer à satisfação de “necessidades sociais impreteríveis”.

O Sindepor quando questionada acerca da greve, afirma que a continuidade das rondas negociais respeitantes ao diploma legal da carreira especial de enfermagem, a revisão/reestruturação da carreira, a aplicação do diploma legal a todas as instituições do setor público e “a todos os enfermeiros que nelas exercem, independentemente da tipologia do contrato” são os motivos que a justificam.

Para além da revisão da carreira especial de enfermagem, o Sindepor defende a “justa e correta contagem dos pontos para efeito de descongelamento das progressões, a todos os enfermeiros, independentemente do vínculo, a “correta aplicação da legislação e pagamento do suplemento remuneratório a todos os enfermeiros especialistas em funções e a admissão de mais profissionais.”

No pré-aviso consta que os serviços mínimos serão efetuados nas situações de urgência nas unidades que funcionam 24 horas/dia, nas unidades de cuidados intensivos, “nos blocos operatórios (com exceção das cirurgias programadas e, portanto,  atempadamente e devidamente justificadas como não adiáveis)”, nos serviços de urgência, de hemodiálise e nos tratamentos oncológicos.

Esta é a terceira greve dos enfermeiros marcada nos últimos quatro meses: a primeira abrangeu os enfermeiros em blocos operatórios e decorreu entre 22 de novembro e 31 de dezembro de 2018. A segunda teve efeito nos blocos operatórios e decorreu entre 31 de janeiro e 28 de fevereiro.

A marcação desta greve surge no dia em que António Costa visita unidades de saúde. A bastonária da Ordem dos Enfermeiros faz parte da comitiva que se tinha disponibilizado para acompanhar o primeiro-ministro.

Artigo revisto por: Ana Margarida Patinho