Síntese do mês de abril
Fim da Era Castrista em Cuba
Aos 86 anos, Raúl Castro retirou-se da presidência de Cuba, no dia 19 de abril. Depois de 12 anos no poder – depois de suceder ao irmão Fidel, que estava no poder desde 1959, Raúl Castro é substituído por Miguel Díaz-Canel – número dois do governo desde 2013.
Pela primeira vez em décadas, o presidente não é um membro histórico da revolução de 1959 nem será o líder do Partido Comunista de Cuba (PCC) – único autorizado a existir na ilha. Raúl Castro vai manter-se na liderança do PCC até 2021.
Coreia do Norte e Coreia do Sul assinam Declaração de Paz
Em abril, fez-se história na zona desmilitarizada que separa as duas Coreias. Os líderes da Coreia do Norte e da Coreia do Sul assinaram no dia 27 de abril um documento que abre caminho à “completa desnuclearização da Península Coreana” e à cessação dos “atos hostis” entre os dois países. Na Declaração de Paz, Prosperidade e Unificação de Panmunjon, Kim Jong-un e Moon Jae-in proclamaram o advento de “uma nova era”, colocando formalmente fim à guerra coreana.
Este encontro histórico é a primeira cimeira entre líderes coreanos desde o final do conflito armado, em 1953. “Não haverá mais guerra na península coreana e uma nova era de paz começou”, podia ler-se na declaração conjunta.
Conflito na Síria continua
No início do mês, pelo menos 70 pessoas morreram na Síria, na sequência de um ataque químico contra a cidade de Douma, um dos últimos enclaves de Ghouta Oriental ainda sob o controlo dos rebeldes sírios. Em reação ao ataque, nove países (França, EUA, Reino Unido, Kuwait, Suécia, Polónia, Perú, Holanda, Costa do Marfim) pediram uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU. Na sequência das notícias, os Estados Unidos acusaram a Rússia de “proteção incondicional” ao regime de Bashar al-Assad, exigindo o “fim imediato” do apoio. O porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Heather Nauert, afirmou que “a proteção do regime de Assad por parte da Rússia e a sua incapacidade para impedir o uso de armas químicas na Síria está a levantar dúvidas sobre o seu compromisso em responder à crise global e às necessidades de não-proliferação”.
O observatório Sírio de Diretos Humanos anunciou que morreram pelo menos 150 pessoas, em nove dias, nos conflitos de 19 de abril no sul de Damasco, conflitos já posteriores ao ataque químico.
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