O arquiteto português foi o escolhido entre 33 nomeados para ganhar um prémio que valoriza quem contribui para a “arquitetura como arte”. A “qualidade intemporal” da obra de Souto de Moura mereceu destaque para o júri.

O arquiteto português Eduardo Souto de Moura ganha o Prémio Arnold W. Brunner de 2019, atribuído pela Academia Americana de Artes e Letras, devido à sua “contribuição significativa para a arquitetura”, avançou a instituição, esta quarta-feira.

A criação do prémio remonta a 1955 e tem o intuito de distinguir, com  20 mil dólares (cerca de 17,7 mil euros), arquitetos de qualquer nacionalidade, que “tenham dado uma contribuição significativa à arquitetura como arte”.

Souto de Moura foi o escolhido, entre 33 nomeados, para receber o galardão pela “qualidade intemporal e profundamente humanista” da sua obra, que revela um “[sentimento] de inevitabilidade”,  afirmou a arquiteta Annabelle Selldorf, presidente do júri, aquando do anúncio dos vencedores.

O que levou o arquiteto português à vitória foi um conjunto de “projetos notáveis”, dos quais o júri destacou o Estádio Municipal de Braga, a Torre Burgo, no Porto, e a Casa das Histórias Paula Rego, em Cascais.

Com uma carreira com quase 40 anos, Eduardo Souto de Moura conta já com 11 prémios, como o Leão de Ouro da Bienal de Veneza, recebido no ano passado, e o Pritzker, o equivalente a um “Nobel da Arquitetura”, em 2011, pelo conjunto da sua obra.

Artigo revisto por: Ana Margarida Patinho