The Art of Loving: o novo álbum de Olivia Dean
Olivia Dean regressa em 2025 com o disco The Art of Loving, que já está a conquistar tanto os críticos como o público. O título não podia ser mais certeiro, porque este álbum soa quase como um manual de emoções: um guia para compreender a delicadeza e a força que coexistem no ato de amar. Desde a faixa de abertura, The Art of Loving (Intro), com cordas suaves e um tom confessional, percebe-se que Dean decidiu partilhar não apenas canções, mas capítulos da sua própria vida emocional.
O primeiro single, Nice To Each Other, já anunciava a direção: uma reflexão sobre a tensão entre a independência e a intimidade nos relacionamentos. A simplicidade da melodia esconde a complexidade do tema… Não foi à toa que a música subiu rapidamente nas tabelas britânicas. Logo depois, Lady Lady trouxe uma vertente mais pessoal, quase como uma conversa íntima consigo mesma, sobre feminilidade e mudança. Já Man I Need virou o grande hino pop do disco — divertido, vibrante e com uma mensagem clara: saber o que se merece no amor, bem como ter coragem de o pedir.
Mas o encanto do álbum vai além dos singles. So Easy (To Fall in Love) tem aquele sabor de clássico imediato, embalado por arranjos que misturam soul e pop com naturalidade. Em A Couple Minutes e Baby Steps, Olivia baixa o ritmo e entrega canções mais frágeis, que falam de vulnerabilidade e de autoaceitação. E quando chegamos ao final, com I’ve Seen It, fica a sensação de que acompanhámos uma viagem emocional completa — do entusiasmo do início à serenidade da maturidade.
O impacto tem sido notório: Olivia Dean tornou-se a primeira artista britânica, desde Adele, a colocar três músicas simultaneamente no Top 10, e Man I Need já conquistou não só o Reino Unido, mas também os Estados Unidos, a Irlanda e até a Nova Zelândia. As plataformas de streaming confirmam o fenómeno com números que se contam em centenas de milhões e a nova digressão está a esgotar arenas em tempo recorde.
Mais do que uma coleção de canções, The Art of Loving é um álbum-manifesto. É pop com alma e é soul com frescura contemporânea. Olivia Dean prova que sabe brincar com géneros sem perder autenticidade, que consegue ser confessional sem cair em clichés e que tem uma voz que não só canta, mas também acolhe. O público percebeu… e apaixonou-se.
Fonte da Capa: KEF Sound Lab
Artigo revisto por Inga Carvalho
AUTORIA
Com 18 anos e vinda do Alentejo, a Marta está no segundo ano da licenciatura em Jornalismo na ESCS. Sempre de olhar curioso e mente inquieta, encontrou na ESCS Magazine um espaço onde pode explorar e partilhar o que mais a inspira. Começou como redatora nas secções de Cinema e Televisão e Música, e foi aí que descobriu o prazer de escrever sobre o que se vê e se ouve — e tudo o que isso pode provocar. Agora, como Editora de Artes Visuais e Performativas, continua a desafiar-se, procurando novas formas de olhar e comunicar o mundo artístico. Escrever é mais do que informar — é traduzir emoções.